Se o retrato brasileiro no mundo é hoje uma nação mesquinha, capitaneada por políticos que insistem nas maiores falhas humanas do século passado, é nas artes que o país continua a ser bem representado.
“Cinema Novo”, documentário de Eryk Rocha que versa sobre o movimento homônimo que deu uma drástica guinada na produção cinematográfica nacional, reunindo dezenas de nomes, como Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos, venceu neste sábado o L’Oeil D’Or (Olho de Ouro), premiação criada no último ano para o melhor documentário de toda edição do festival.
“Era um movimento de futuro, que questionava qual é o lugar da política e do cinema no mundo em que se vive. Se o filme criar esse espaço de reflexão, já me dou por satisfeito”, disse o diretor em Cannes.
O documentário reúne imagens de arquivos e colagens de 130 filmes que fizeram parte do movimento, como os clássicos “Terra em Transe”, “Vidas Secas” e “Rio, 40 Graus”.
Hoje o Brasil ainda possui mais duas chances de premiação com o curta “A Moça que Dançou com o Diabo”, de João Paulo Miranda Maria, que concorre à Palma de Ouro em sua categoria; e o longa “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho, nas categorias direção ou melhor atriz para Sonia Braga. Vale a torcida!
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