Enquanto alguns esperam pelo Dia dos Namorados todo ano, os fãs do escritor John Green aguardam ansiosamente por outra coisa nesse mês: o lançamento da adaptação cinematográfica “A Culpa é das Estrelas”, originária de seu livro mais vendido de mesmo título.
Tudo ao redor desse filme está imbuído de muita expectativa e potenciais lágrimas. O próprio autor participou ativamente da seleção do elenco, deu dicas para o roteiro e postava quase que diariamente novidades diretamente do set de filmagem. O que só fazia aumentar ainda mais a curiosidade dos fãs e interesse por parte do público em geral.
O filme conta a história de Hazel Grace Lancaster que poderia ser uma garota como qualquer outra, não fosse pelo tanque de oxigênio que ela precisa carregar para todos os lados. Acontece que Hazel tem câncer e seus pulmões são muito debilitados. Sem muita perspectiva de ter uma vida normal, ou mesmo longínqua, ela passa seus dias em casa lendo e assistindo televisão. Muito preocupada, sua mãe decide que é hora dela sair um pouco e a inscreve em um grupo de apoio para jovens com câncer. Querendo agradar seus pais, ela concorda em ir às reuniões e em uma delas acaba conhecendo Augustus Waters, sobrevivente do câncer. É um jovem bonito, simpático e que para a grande surpresa de Hazel, demonstra estar interessado nela. Não demora muito os dois desenvolvem uma amizade e partilham interesses, principalmente sobre a não conclusão do livro que Hazel mais gosta, Uma Aflição Imperial. Porém, há um inimigo silencioso entre os dois, como uma granada, que pode explodir a qualquer instante.
A expectativa em cima desse filme é tão absurda que beira o surreal. Nem os fãs de quadrinhos, geralmente tidos como xiitas podem ser comparados a loucura do fanbase que está por trás dessa adaptação. O que possivelmente fará com que seja sucesso garantido de público, mas a bem da verdade, o longa é mediano, conseguindo superar a obra original, algo que não é exatamente uma tarefa difícil.
“A Culpa é das Estrelas” segue a mesma linha de narrativa que o livro, com pequenas modificações. Hazel Grace interpretada pela fofíssima Shailene Woodley é quem narra os acontecimentos, mas apesar de ser naturalmente simpática, sua atuação peca em diversos momentos onde parece que ela está sendo apenas a Shailene e não quem realmente deveria ser, Hazel. Sam Trammel e Laura Dern que fazem seus pais, estão ambos ótimos, uma pena que aparecem pouco em cena. Mas, quem realmente merece todo o mérito do filme é Ansel Elgort, o ator que vive Augustus Waters ou simplesmente Gus. Dotado de um carisma ímpar, ele prende o olhar do espectador à tela do início ao fim. Sua parceria com Shailene tem química, mas nada de extraordinário.
Há alguns erros de continuidade no filme e a participação de Willen Dafoe, mesmo pequena é bem significativa, ajudando Woodley a brilhar um pouco.
Entretanto, a película está bem longe de ser a maravilha da qual todos têm falado, o que pode vir a decepcionar alguns. É agradável ao falar do amor em meio a adversidade de uma doença, mas, não vai muito além disso.
Estréia em 05 de junho nos cinemas do Brasil.
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