“Às Vezes Quero Sumir” é uma obra que se destaca pela sua abordagem introspectiva sobre a solidão e a busca por conexão humana. Dirigido por Rachel Lambert e estrelado por Daisy Ridley (a Rey de Star Wars), o filme nos apresenta Fran, uma jovem que lida com pensamentos de morte enquanto tenta encontrar um sentido em sua vida cotidiana — algo nada incomum nos dias atuais, daí a importância de abordar o tema com sensibilidade.
O roteiro, baseado no curta-metragem “Sometimes I Think About Dying”, explora a vida de Fran de forma lenta e realista, permitindo que o público se conecte e mergulhe profundamente nas emoções e nos dilemas da protagonista. A interação de Fran com um novo colega de trabalho, que traz um sopro de vida e humor à sua existência monótona, é o ponto central da trama.
Marcada pela sua jornada em Star Wars, Daisy Ridley consegue entregar uma performance comovente, capturando a vulnerabilidade e a complexidade de Fran. Ao seu lado no elenco de apoio estão Dave Merheje e Parvesh Cheena, que conseguem se apresentar de acordo com a mensagem do filme e dar suporte ao carisma de Daisy.
Rachel Lambert demonstra uma mão firme na direção, equilibrando momentos de introspecção com cenas ao mesmo tempo tocantes e engraçadas — algo muito importante no desenrolar do filme. A cinematografia é simples, mas eficaz, utilizando cores suaves e enquadramentos intimistas para refletir o estado emocional da protagonista.
“Às Vezes Quero Sumir” é aquele filme que ressoa naqueles que se sentem (ou sentiram) isolados e perdidos, novamente, algo tão comum num mundo contemporâneo. É uma obra que nos lembra da importância das pequenas conexões e merece aplausos pela tentativa de nos fazer enxergar além.