Os Vingadores: Era de Ultron, filme que entrou em cartaz nos cinemas brasileiros nesta semana, tem todos os elementos para superar os números milionários do seu antecessor. O Universo Marvel – que realmente se tornou um universo nos cinemas, com vários longas contando histórias individuais dos heróis, além de séries de TV mostrando o funcionamento e as lutas da S.H.I.E.L.D. – chegou a um ponto onde para se ter uma experiência completa é preciso acompanhar cada novo lançamento.
Vou procurar não dar muitos spoilers, mas informo que alguns dos super-heróis mais amados dos quadrinhos estão de volta – Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk, Viúva Negra e Gavião Arqueiro, além de novos personagens. O humor e a ação, característicos dos longas da Marvel, também estão lá em doses mais que generosas, e a preparação do terreno para o próximo filme – com alguns dramas pessoais e a possível aposentadoria de personagens, dando espaço a novos heróis – também está lá.
A história gira em torno da luta contra o vilão Ultron (que conta com a voz de um excelente James Spader), uma inteligência artificial que decide salvar o mundo exterminando a raça humana. A trama pode não parecer muito original (e não é), mas funciona muito bem. E para os que pensam que a fórmula possa estar se esgotando, um aviso: ainda vamos ver muitos blockbusters pelo caminho.
O filme tem cenas de ação que praticamente não deixam respirar e que dão vontade de ver várias vezes para que se possa capturar todos os detalhes (bom para a bilheteria) e desenvolve alguns dramas pessoais, com revelações sobre as vidas e desejos dos Vingadores. Claro que isso deixa o filme menos frenético, o que acaba sendo um ponto positivo. Difícil mesmo é crer que a Marvel pense mesmo em aposentar personagens como o Homem de Ferro ou que possa encontrar alguém que fique tão bem no papel quanto Robert Downey Jr.
O diretor Joss Whedon – o mesmo do primeiro Vingadores – cria um filmão-pipoca que vai agradar a todos, do netinho ao vovô.
Veredito: altamente recomendado.