Crítica: Peter Pan & Wendy

Peter Pan & Wendy é o que você esperara de uma versão live-action de um dos clássicos animados de Walt Disney – inclusive pois boa parte do público espera ver recriações de situações que eles conhecem e amam do desenho animado da Disney de 1950, que foi simplesmente chamado de “Peter Pan”.

David Lowery, co-roteirista e diretor, não decepciona com a familiaridade nostálgica, embora alguns espectadores possam desejar mais inovação, ainda assim estamos falando de um clássico Disney voltado para o público infantil (e também o nostálgico).

Peter Pan & Wendy

A história começa com Wendy Darling (Ever Anderson) liderando seu irmão mais novo John (Joshua Pickering) e o irmão mais novo Michael (Jacobi June) em uma entusiástica sessão de brincadeiras que inclui lutas de espadas fanfarrões e corridas e saltos, seguidas por alguns bons momentos entre eles.

Peter Pan (Alexander Molony) faz sua entrada junto com a pequena fada Sininho (Yara Shahidi), levando as crianças para Terra do Nunca através de um buraco de minhoca perto da lendária Segunda Estrela à Direita. Do outro lado, eles conhecem e fazem amizade com os Garotos Perdidos, bem como com a princesa nativa Tiger Lily (Alyssa Wapanatahk), que ganha uma transformação de heroína aqui, literalmente cavalgando para o resgate em mais de uma ocasião.

Peter Pan & Wendy

Jude Law atua no filme como o inimigo de Pan – o famoso Capitão Gancho – como uma figura cômica neurótica com problemas pessoais. Lowery deu a Hook um pouco do tratamento de anti-herói, tornando a história de origem do vilão tão identificável que ele parece mais lamentável do que repugnante. Jim Gaffigan interpreta o ajudante de Hook, Smee, como um subalterno emocionalmente machucado e exasperado, um idiota que definitivamente tem seus defeitos, mas está esgotado principalmente porque está sobrecarregado por ter que satisfazer um chefe que pensa que o solução para o moral ruim é jogar mais pessoas ao mar.

Peter Pan & Wendy

Já a dupla Peter-Sininho também foi repensada, parcialmente: fica claro que ela é a chefe da dupla, às vezes parecendo comandá-lo psiquicamente, ou pelo menos implantar sugestões ou tarefas em sua mente de uma forma que o faz acreditar que é agindo por conta própria.

Cada performance neste filme é boa, às vezes mais do que boa, e pouco pode ser dito contra a filmagem, variando de arte de calendário bonita a genuinamente inspirada. O clímax cheio de ação, que funciona como uma sessão de terapia para certos personagens principais, tem imagens de estranheza onírica e dá a Law uma saída satisfatória que se adequa a esta encarnação do personagem.

Peter Pan & Wendy

As crianças pequenas provavelmente vão gostar deste filme, com sua moral e conclusões de histórias para dormir. “Peter Pan & Wendy” se contenta com buscar agradar o público, mas sem dúvidas poderia ter sido mais audacioso em apresentar mais profundidade à história que de tão clássica, não oferece novidades.

Peter Pan & Wendy pode ser conferido no Disney+.

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