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Sinopse
A ornamentacão na ruína; o escuro no claro; o silêncio na voz; o imóvel na ação.
O que temos a dizer
Existem idéias bem executadas com surpreendente simplicidade e existem idéias complexas com apuro técnico e criatividade que fazem o espectador pensar que se trata de algo simples. Assim é SuperBarroco, que poderia muito bem ser uma video arte ou uma instalação, mas é um filme com todos os méritos.
É notório que os curta-metrages que mais geram atenção são aqueles que trazem inovações técnicas ou as levam a outros patamares, como fez a Renata Pinheiro (diretora de arte de longas como Amarelo Manga, Festa da Menina Morte, Feliz Natal e Estamos Juntos) com o belíssimo e bem pensado uso de projeções por toda a casa, que de uma tacada só subverte o uso de flashbacks ou cenas em que o irreal invade a realidade (e me digam, quando foi a última vez que vocês viram esses artifícios em bom uso?).
Mas o filme não é só isso. Sem um ator para nos conduzir por essa narrativa atípica e continuar gerando interesse, poderia se tornar algo sofrível e sonífero, por isso o grande destaque para a interpretação de Everaldo Pontes como um homem à margem de tudo, inclusive da sanidade, vagando e se virando por aí, perdido em algo que pode ser memória, desejo ou simplesmente delírio.
Muito pouco acontece nesses 17 minutos, o que pode espantar curiosos, mas quem ali encontrar a impressiva beleza de sua narrativa, sabe que pode assistí-lo inúmeras vezes sem cansar. Não à toa, o filme foi exibido na Quinzena dos Realizadores em Cannes, no ano de 2009, além do prêmio de melhor curta no Festival de Brasília.
[xrr rating=5/5]
Título: Superbarroco
Duração: 17:08m
Realizador: Renata Pinheiro
Produtora: Aroma Filmes
Ano: 2008