Este ano vai ser “O Ano dos Super-heróis”. Ou é assim que os fãs esperam. 2013 está prometendo uma safra boa de filmes falando dos famosos heróis nas telonas, como também novidades acerca dos que ainda estão por vir.
Começando com o pé direito temos Homem de Ferro 3. A tão esperada volta do playboy, bilionário, filantropo, e ele não faz feio…nem um pouco.
Logo no início ouvimos Tony (Robert Downey Jr.) narrar alguns acontecimentos do passado. Era 1999 e ele estava numa festa de Ano Novo muito bem acompanhado pela Dra. Maya Hansen (Rebecca Hall) que estava lhe explicando sobre seu mais novo experimento quando os dois são abordados no elevador por uma figura estranha que clama ser muito fã do trabalho de ambos, principalmente da Dra. Hansen. Tony a princípio não dá muita atenção ao homem que diz se chamar Killian (Guy Pearce) e ao mandar Maya para o quarto, combina de encontra-lo no telhado do hotel.
Já no quarto Maya ainda está tentando explicar a um disperso Tony sobre seu projeto, mas não adianta muito. Os fogos começam, já virou o ano e Tony só quer se divertir. Enquanto isso, Killian continua esperando no telhado.
Voltamos ao presente e agora, Tony está lutando com monstros internos após o recente evento em Nova Iorque. A privação de sono faz com que ele trabalhe sem parar nos trajes e em novos protótipos. Pepper (Gwyneth Paltrow) não está muito satisfeita com isso, já que ambos moram juntos e ela quase não o vê direito.
Agora a frente das Indústrias Stark, Pepper precisa lidar corretamente com toda a burocracia a qual Tony sempre ignorou. Principalmente em manter limpo o nome da empresa e escolher projetos mais sustentáveis. Promovido a Chefe da Segurança, Happy (John Favreau) tem que zelar pela sua nova chefe e manter Tony informado de tudo. Acontece que Happy está desconfiado de tudo e todos, o que incluiu o empresário com o qual Pepper está tendo uma reunião.
Longe dali um novo vilão está surgindo, Mandarim (Ben Kingsley). Fazendo ameaças direta ao Presidente e promovendo grandes ataques. Cansado da repercussão dos atentados, Tony se coloca a frente de um mar de repórteres e convida Mandarim para encontra-lo pessoalmente, em sua casa.
O “encontro” não corre tão bem, Tony tem sua casa bombardeada enquanto tenta a todo custo salvar Pepper e é dado como morto pela imprensa local. Sem ninguém na sua cola e sozinho chegou a hora de decidir se é homem que faz a armadura ou se é a armadura que faz o homem.
Com Shane Black na Direção e Roteiro o filme ganhou uma roupagem inteiramente nova. Por se tratar de um Diretor com uma visão mais séria, os personagens estão mais profundos e Tony Stark muito mais humano. A trama se passa logo após os eventos dos Vingadores o que foi uma excelente ideia, pois dá um sentido de continuidade mesmo sendo outro filme.
O ritmo é mais ágil e dinâmico e uma narração em off ajuda a contar a história sem precisar interromper as cenas de ação. Black não perde tempo com frivolidades e todas as cenas são necessárias, inclusive as de humor.
O sarcasmo e ironia, típicos do personagem estão lá quase que o tempo todo, conseguindo arrancar boas risadas do público. Mas até mesmo as piadas ganharam um outro tom, não tão debochadas como antes.
Outra grande ideia foi a dos muitos vilões que passam a surgir ao longo do filme, criando assim um pequenos obstáculos no caminho do Homem de Ferro até o verdadeiro culpado de tudo.
O elenco como sempre está excelente. Robert Downey Jr. se consagra mais uma vez como Tony Stark tendo vestido literalmente o personagem a tal ponto de se fazer confundir com ele. Mesma dedicação igual de outros atores como: Ian McKellen como Gandalf ou Jack Nicholson e Heath Ledger como Coringa.
Paltrow conseguiu um pouco mais de destaque para Pepper dessa vez e Don Cheadle faz uma pequena mas memorável participação como o Patriota de Ferro. A grande surpresa aqui é o veterano Ben Kingsley que consegue fazer uma interpretação assombrosa com o pouco de roteiro que lhe foi atribuído.
Palmas para a equipe de Efeitos Especiais que conseguiu dar vida a todos os trajes do Homem de Ferro criados até hoje. A cena em que eles todos aparecem (como mostrado no trailer) é uma das mais empolgantes.
Claro que irá existir aqueles que vão reclamar e dizer que a Marvel poderia ter feito melhor. Será mesmo?
Será que essas adaptações dos heróis não está sendo realmente o melhor que eles podem fazer, de uma forma digna e ainda assim rentável?
A essência do personagem, da história, o universo deles, está todo ali. É possível ver isso claramente nos três filmes da franquia. E no final é isso o que importa, ver seu herói favorito sair das páginas dos quadrinhos e ir parar no cinema. Nunca será perfeito, mas sempre será o mais real possível.
Os fãs dos quadrinhos vão migrar para o cinema e vice e versa. O que importa é que no final, novos horizontes serão abertos.
[xrr rating= 5/5]
p.s.: fique até o final dos créditos.