SHAME, de Steve McQueen
Shame é um filme obrigatório, até mesmo para os que o vão odiar, mas, assim como o personagem principal, não vai dar para passar por ele indiferente pois nossa apatia será corroída pela perplexidade de como o extremo pode ser tão humano. Um filme duro, expositivo e dos mais tristes já visto, porém de um grandeza artística sem tamanho. Um dos melhores, mais interessantes e pulsantes filmes já visto.
A SEPARAÇÃO, de Asghar Farhadi
Um filme iraniano que versa sobre o abismo e atratividade que existem entre as relações. Uma direção completamente voltada para essa sintonização humanística. Um roteiro em que os meios e os fins justificam os seus propósitos e um resultado de uma verdade tão pungente que o filme entrou para a história. Imperdível!
DRIVE, de Nicolas Winding
A estética como ferramente de um discurso. De Scorcese a Tarantino, todos os grandes nomes do cinema entendem que essa variação é a mais efetiva para o estabelecimento de um diálogo direto com o público. Drive sabe muito bem disso e se impõe como um tratado espetacular sobre os que compõem a sociedade (no caso, a americana) pelas margens. Belo filme!
ARGO, de Ben Affleck
O que Ben Affleck consegue fazer com seu filme Argo é tornar um thriller político como agente de tensão para uma reflexão tanto sobre a relação do Oriente Médio com o Ocidente, quanto sobre como os maneirismos do gênero podem ainda comover e mexer com nossa tensão. Um filme brilhante e um tanto pertinente.
O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE, de Christopher Nolan
O diretor Nolan vai entrar para a história como o cara que deu credibilidade adulta e substancialidade humana aos filmes de super-heróis e com Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge ele alcançou o apogeu de suas pretensões. O filme é simplesmente uma obra-prima do gênero.
KILLER JOE, de William Friedkin
Esse filme representa o ressurgimento e sedimentação tanto do diretor William Friedkin quanto do ator Matthew McConaughey. Mas é na habilidade espantosa do veterano realizador em expor as vísceras de uma América um tanto ordinária que faz de Killer Joe um dos melhores filmes da década.
SKYFALL, de Sam Mendes
James Bond é um mito, mas foi pela busca do homem que o cineasta Sam Mendes extraiu o filme mais contundente de toda a franquia. O entretenimento aqui busca uma reflexão espacial, pessoal e até dimensional para o fim de pedestais num mundo cínico como o que vivemos hoje. Filmaço!
MOONRISE KINGDOM, de Wes Anderson
Wes Anderson é daqueles cineastas que se impõem por uma estética própria conseguindo tornar orgânico um universo estranhamente próprio. E Moonrise Kingdom nos transporta para isso como uma eficiência impressionante.
A MÚSICA SEGUNDO TOM JOBIM, de Dora Jobim e Nelson Pereira dos Santos
Em mais um ano em que a ficção nacional se mostrou apática, foi um documentário, de certa forma experimental, só com célebres (ou nem tanto) números musicais do grande Tom, que se destacou revelando como uma obra e um recurso simples de cinematografia justifica um gênio.
Participe, escreva sua crítica.
OS DESCENDENTES, de Alexander Payne
Num ano em que o mundo se apaixonou pelo lirismo de O Artista, fiquei realmente tocado pela força humana de Os Descendentes. Um filme de perturbadora simplicidade para falar sobre como o amor desmedido é bem mais substancial que uma simples fragilidade comum a vida adulta. Um filme para refletir por dias, anos…
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