Festival do Rio: “Meu Colégio Inteiro Afundando no Mar” é uma animação lisérgica com boas referencias

A animação Meu Colégio Inteiro Afundando no Mar feito pelo animar e quadrinista independente Dash Shaw, brinca com os vários estilos dessa arte, criando várias cenas de bonitas e bem-humoradas homenagens como a cena de dança que remete às histórias de Charlie Brown e em uma cena de luta que remete aos games de luta de plataforma dos antigos fliperamas.

A trama, que trabalha durante o filme todo com uma animação bem simples, mas lisérgica e anárquica, conta a história de dois amigos Dash e Brent, que são os redatores de jornal do colégio que acabam descobrindo que esta tem falhas estruturais e que podem afundar a qualquer momento e somente Verti, que também trabalha no jornal e May, uma das populares do colégio, acreditam neles. Quando ocorre um terremoto, e devido ao colégio estar em beira do mar, ele começa a afundar. Com isso, o grupo, auxiliado pela moça da cantina, vão subindo os andares do colégio para sobreviverem

Nesse momento, a animação lembra a estrutura de filmes como O Destino do Poseidon, em um lugar que está de cabeça pra baixo, os que ali estão terem o desafio de emergir até a superfície, ao mesmo tempo que trabalha com as divisões que existem dentro de um colégio de High School americano, como o andar dos veteranos, onde o garoto mais popular é visto como um rei do andar e todos o obedecem. Além disso, claro, parece um vídeo game, em que cada andar tem suas armadilhas e chefes de fase.

Devido ao estilo lisérgico da animação, não é um filme que será do agrado de todos, inclusive existe um anuncio no início, que fala que devido as cores podem fazer mal a pessoas que tenham sensibilidade. Mas sua estética é bem interessante, tem um humor bem apurado e que agradará mais ainda quem entender as referências que ocorrem no longa.

Cotação: Muito Bom

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