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Ghost Lab (2021) – desordenado, filme tailandês tenta abordar ciência, emoções e fantasmas

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Depois que um experimento de laboratório após a morte deu errado, dois médicos tornaram-se perigosamente obcecados em obter evidências científicas da existência de fantasmas.

Análise

Ghost Lab (2021) é um daqueles filmes difíceis de categorizar. Temos uma variedade de gêneros que vão se combinando de uma forma irregular. Há um componente de terror, situações próximas ao drama e inserções quase mais típicas de uma comédia. Uma instabilidade estilística que prejudica muito o ritmo do filme.

A trama gira em torno de dois médicos de um hospital tailandês que estão pensando em projetar um experimento cujas conclusões são verdadeiramente ambiciosas: provar e certificar a existência  de fantasmas. A iniciativa vem de Gla (Paris Intarakomalyasut), um cirurgião que teve uma experiência paranormal quando criança. Ele nunca foi capaz de esquecer o acontecimento e, desde então, tem investigado todos os tipos de lendas urbanas e casos relacionados a aparições.

Seu parceiro no experimento é Wee (Thanapob Leeratanakachorn), outro cirurgião que tem sua própria relação com a morte. Uma noite, no hospital onde ambos trabalham, eles veem a estranha aparição de um fantasma (bastante perturbador), com o qual seu interesse pela vida após a morte aumenta exponencialmente. Um aspecto do argumento, pelo menos a priori, está na conjunção da ciência e do esoterismo. Esses dois médicos realmente querem enfrentar esse mistério da morte de uma perspectiva científica.

As ambições dos personagens até que visam um assunto interessante, mas o resultado é menos impressionante. Gla e Wee tentam determinar quais são os locais mais propícios para uma aparição, quando é o melhor momento, e até classificam os tipos de entidades conforme sejam dois entomologistas brincando com insetos.

Gla e Wee parecem dois médicos malucos cujo experimento vai ser algo bizarro, mais típico da ficção científica. No entanto, chega um momento em que o filme se torna tremendamente solene. A chegada do drama nos pega de surpresa, como se a mudança não fosse coerente. Porque na verdade não é. O experimento causará resultados incomuns que afetarão a si mesmos e seus entes queridos.

De alguma forma, isso faz com que não caia tanto nos clichês quanto uma produção de Hollywood, embora chegue perto deles em algumas ocasiões. Existem boas intenções, mas a confusão às vezes neutraliza os resultados. O terror mais puro aparece no último ato do filme, onde acontecem os momentos mais teatrais e interessantes

Conclusão

Oscila entre a surpresa e a sensação decepcionante, de que um resultado final melhor poderia ter sido alcançado. A premissa é intrigante, mas se desfaz em uma direção com mais melodrama do que o esperado, o que nos faz perguntar que tipo de filme estamos realmente assistindo.

O que parecia ser um exercício de puro terror se transforma em uma mistura de gêneros que diminui nosso prazer. Os temas abordados vão desde os mais íntimos, até a ideia geral de que a ciência não deve cruzar certas fronteiras para alcançar o conhecimento. A impressão geral, portanto, é a de um filme interessante que, por algum defeito estrutural, acaba nos deixando insatisfeitos..

Nota: Ruim – 2 de 5 estrelas

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Por
Cadorno Teles -

Cearense de Amontada, um apaixonado pelo conhecimento, licenciado em Ciências Biológicas e em Física, Historiador de formação, idealizador da Biblioteca Canto do Piririguá. Membro do NALAP e do Conselho Editorial da Kawo Kabiyesile, mestre de RPG em vários sistemas, ler e assiste de tudo.

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