Quem acompanha o Universo Marvel está acostumado com a atmosfera sombria dos filmes do Thor, a moralidade dos longas do Capitão América, do carisma o Homem de Ferro e a grandeza dos encontros dos Vingadores. Para balancear esse universo, tivemos o filme que introduziu na gangue o Homem-Formiga, leve e com uma dose de humor infantil bastante destacada, bem ao estilo da Disney, dona da Marvel.
Homem-Formiga e a Vespa, novo longa do herói, agora com uma companheira de primeira linha, volta a reunir o mesmo elenco – Paul Rudd, Evangeline Lilly, Michael Douglas e Michael Peña – agora com os reforços luxuosos e de peso de Michelle Pfeiffer e Laurence Fishburne. O diretor Peyton Reed (o mesmo do primeiro filme) aproveita bem o roteiro e injeta doses cavalares de humor. Mesmo as cenas mais sérias são recheadas de alguma piadinha ou referência que vão fazer o público rir.
Para quem acompanha ou não a saga dos heróis Marvel
Claro que há algumas subtramas e citações que só serão compreendidas por quem segue os filmes da Marvel. Mas mesmo quem não viu nenhum dos lançamentos do estúdio vai se divertir, o que qualifica o longa para se tornar um campeão de bilheteria, mesmo que não na mesma escala do Pantera Negra ou dos Vingadores.
A história, que se desenrola após os acontecimentos de Capitão América: Guerra Civil e em paralelo aos eventos de Vingadores: Guerra Infinita – nem importa tanto, embora deva se conectar com a próxima aventura da equipe.
Coadjuvantes de luxo
Ter a sempre bela Michelle Pfeiffer e o competente Laurence Fishburne no elenco vai elevar a expectativa de boa parte do público, mas quem rouba a cena é Michael Peña, cujo personagem – o melhor amigo de Scott Lang/Homem-Formiga – ganhou muito destaque e é o responsável por alguns dos melhores momentos cômicos. O papel de Peña se sobrepõe até ao da vilã, interpretada por Hannah John-Kamen. Já Michelle Pfeiffer, que vive Janet Van Dyne – a Vespa original, esposa do Dr. Hank Pym (Michael Douglas) e mãe da nova Vespa (Evangeline Lilly) – tem bastante relevância na trama central do filme, mas merecia um fim melhor (se é que o que acontece é o fim). Já o Dr. Bill Foster, personagem de Fishburne, é o mais fraco de todos, parecendo mal construído e ambíguo demais. Há outros personagens, mas, sinceramente, não fazem lá muita diferença.
Mais que um filme-tampão
O que poderia ser facilmente classificado como um filme-tampão para preencher o vácuo entre os Guerra Infinita e o quarto Vingadores (ainda sem título), acaba se tornando um belo programa, graças ao acerto da direção, ao ótimo elenco, à química entre os dois protagonistas, e a óbvia ideia de não se levar muito a sério.
Se você achava que Guardiões da Galáxia foi bom e engraçado, não deixe de ir ao cinema conferir Homem-Formiga e a Vespa. É um programão!
Sem dar muitos spoilers, não posso deixar de avisar para não sair da sala de projeção sem assistir às duas cenas extras que são exibidas durante os créditos.
Boa diversão!
Fotos: Divulgação