J.J Abrams e seu gênio “fogo de palha”

Aviso: Este artigo está sendo baseado em muita pesquisa pela internet e a soma de diversos fatores, que me levaram a lógica apresentada aqui.


Jeffrey Jacob Abrams ou como ele é mundialmente conhecido, J.J. Abrams sempre trabalhou com cinema e televisão. Mas, só passou a ficar realmente conhecido com Lost, sua obra-prima digamos assim. Antes disso ele já havia participado de outros projetos como Armagedon e Perseguição.

Sua primeira empreitada televisiva foi a drama série Felicity baseada na história de Felicity Porter (Keri Russel), uma caloura na Universidade, suas dúvidas amorosas e a convivência com os amigos. A série durou apenas 4 temporadas indo de 1998 a 2002, mas no final de sua temporada em 2000, a série já não tinha a mesma audiência e J.J. Abrams não era mais o diretor principal e passou a participar somente dos roteiros. A qualidade do seriado caiu drasticamente e em 2002 foi cancelada, com um total de 84 episódios.
Felizmente, Abrams saiu antes do barco afundar, pois já estava desenvolvendo um novo seriado sobre ficção científica e espionagem. O tal seriado era Alias, que estreou em 2001 e narravas as aventuras da agente da CIA Sidney Bristow em busca de artefatos raros e em seus problemas para confiar nas pessoas. A audiência se manteve boa durante as três primeiras temporadas pois era uma aposta nova do canal ABC. O seriado apresentou Jennifer Garner e um elenco de primeira.
No auge do seriado, Abrams teve mais uma brilhante idéia, a qual iria alavancar de vez sua carreira e consolidá-la no mercado. Que tal um seriado sobre sobreviventes de uma queda de avião, que acabam parando em uma misteriosa ilha? Assim em 2004, o canal ABC junto com Abrams lança Lost. Neste mesmo período, as coisas passam a desandar com Alias e ele se mantém apenas como o produtor executivo, participando do também do roteiro, similar ao que aconteceu com Felicity.
Diferente de seus dois primeiros projetos, J.J. apenas criou o conceito de Lost, dirigindo dois episódios e participando (o que sinceramente duvido) do roteiro dos episódios. Após algumas temporadas, os principais encarregados passaram a ser Carlton Cuse e Damon Lindelof, não se ouvindo mais nada sobre o criador da série.

Percebem um padrão? Abrams não consegue se focar em um único projeto por muito tempo. Quando ele tem uma nova idéia, se joga inteiramente nela negligenciando projetos anteriores, esquecendo-os completamente. O povo chama isso de “fogo de palha”. Ele aparece, vende a idéia, atrai fãs para si e para seu seriado e logo depois ele mesmo passa a não acreditar mais e procura outros rumos. Isso tem se tornado uma constante na vida criativa de Abrams.

O alvo da vez é Fringe, que está perigando ser cancelado assim que terminar a terceira temporada. Com índices de audiência insatisfatórios para a emissora, a FOX decidiu mudar o dia de transmissão de Quinta-feira para Sexta-feira, um dia em que poucos telespectadores passam tempo na frente da televisão, realçando ainda mais a chance de ser cancelada. Abrams, aparentemente não tem mais relação alguma com o seriado. Nunca dirigiu nenhum episódio, não é mais o Produtor Executivo e junto com Alex Kurtzman e Roberto Orci, participa do conceito de alguns episódios. O porque desse súbito afastamento? Pois J.J tem uma nova idéia a caminho, um seriado chamado Alcatraz onde um grupo de guardas e prisioneiros da famosa ilha-prisão estavam desaparecidos e surgem de repente nos dias de hoje. A série vai contar com a participação de Jorge Garcia, famoso por interpretar o Hurley em Lost.
Parece que ele não é muito fã de comprometimento a longo prazo o que acaba irritando aqueles que acompanham os seriados e vêem de forma clara a qualidade do enredo cair e algumas vezes a história desandar completamente.

J.J Abrams deveria ficar apenas com direção cinematográfica, pois isso sim tem lhe garantido bons frutos, tal como Cloverfield e Star Trek, o qual já tem até uma sequência garantida para 2012.
Quanto ao seriados, ele deveria apenas vender suas idéias e não mais participar delas ativamente, já que em algum momento ele vai acabar cansando e partindo para outra. Por que se ele que desenvolveu o conceito, defendeu a idéia a princípio e passa a não acreditar nela depois de um certo período, como ele espera que os telespectadores acreditem?

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