Michael Jackson’s This Is It!

Michael Jackson’s This Is It pode ser descrito de uma forma: Magistral!

Vamos por um momento esquecer de todos os boatos, fofocas, rumores e escândalos que fizeram parte da vida desse astro. Peço também que quem venha ler esse artigo deixe de lado o pré-conceito, piadinhas e outros xingamentos sobre a pessoa em questão. Porque não vou falar do Michael Jackson que apareceu em todos os tablóides, teve uma infância difícil e inúmeras transformações físicas. Vou falar do que eu vi naquela tela de cinema e entendi como sendo o ser humano Michael Jackson.

Foi uma grata surpresa, chegar 30 minutos antes de a sessão começar e me deparar com uma fila que dava voltas no corredor do cinema. Nessa multidão de pessoas ansiosas pelo início do filme tinha todo tipo de gente: crianças, idosos, mulheres, homens, fãs, curiosos, críticos…todos ali reunidos por um único motivo: Michael Jackson em seu último momento de glória.

O documentário começa com seus dançarinos contando o que sentiram quando estavam fazendo os testes e foram aprovados para fazer parte do show e que influência a carreira de Michael Jackson teve em suas vidas. Logo após, vemos o depoimento do diretor Kenny Ortega, contando sua ideia para o show e então a música começa “Wanna Be Startin’ Something” é só um dos hits que aparecem na telona. Quem disse que ele havia perdido sua voz, com certeza não bate bem da cabeça. Todos os sucessos que estavam selecionados para o show, MJ cantam lindamente. E claro, os efeitos…MEU DEUS! A estrutura montada para esse espetáculo estava incrível.
Após terem selecionado os dançarinos, começou os ensaios. No correr do palco elevadores impulsionavam os dançarinos para cima a cada troca de música, batida ou mesmo por um sinal do cantor. O diretor Kenny Ortega junto com o próprio Michael estavam criando vídeos para passar no telão antes dele entrar no palco. Em “Smooth Criminal” Michael se mistura aos atores do clássico Gilda, numa espetacular edição e ao final ele realmente apareceria no palco, vestido de gângster junto com seus dançarinos. Aqui está uma passagem legal; quando perguntado pelo diretor como saberia quando entrar, Michael apenas diz: “eu vou sentir que é minha vez.” E logo quando eles testam essa teoria se surpreendem por ele realmente acertar sua entrada, sem nem ao menos saber que o vídeo havia terminado. Em “Trillher” eles recriam um cenário de cemitério em 3D, com todos os avanços de maquiagem e cenografia.  O show também iria contar com um bloco em homenagem aos Jackson 5. Michael canta “I Want You Back” e “I’ll BeThere” e encerraria dizendo o nome de seus irmãos. Ele tinha o dom de criar uma atmosfera muito, muito boa de se trabalhar. Em momento algum ele agiu como estrelinha ou mesmo alterou seu tom de voz. Quando não gostava, não dizia que estava ruim, pelo contrário falava que estava bom, mas podia melhorar.
Uma coisa que chamou minha atenção, foi o fato dele sempre enfatizar que queria suas músicas iguais as que os fãs conheciam nada de arranjos mirabolantes. E fazia questão de que todos os músicos da banda conhecessem todas as suas músicas, pois ele mesmo sabia cada nota, tom e melodia. Michael era um homem extremamente educado. Sempre agradecendo, elogiando, dando idéias, impondo seu jeito sem passar por cima de ninguém. Aceitando críticas e procurando melhorar sempre. E não só ele brilhava, não, ele fazia questão que seus companheiros tivessem a mesma luz que ele. Seus músicos tinham solos belíssimos, seus backing vocals a oportunidade de encerrar músicas sozinhos, os dançarinos momentos solos em diferentes ocasiões. A empolgação de Michael era contagiante. Apesar de tudo não passar de ensaios, ele se empenhava ao máximo e brincava dizendo que não podia se esforçar tanto, porque não podia irritar a garganta antes do show de verdade.

Aqui vão mais algumas músicas que fazem parte do documentário ou fariam parte do show:

Billie Jean (from Thriller, 1982)
Wanna Be Startin’ Somethin’ (from Thriller, 1982)
Rock With You (from Off The Wall, 1979)
The Way You Make Me Feel (from Bad, 1987)
Don’t Stop ‘Til You Get Enough (from Off The Wall, 1979)
I Just Can’t Stop Loving You (from Bad, 1987)
Human Nature (from Thriller, 1982)
Smooth Criminal (from Bad, 1987)
Girlfriend (from Off The Wall, 1979)
Man In The Mirror (from Bad, 1987)
Beat It (from Thriller, 1982)
One Day In Your Life (Forever Michael, 1975)
Heal The World (from Dangerous, 1991)
You Are Not Alone (from HIStory, 1995)
Remember The Time (from Dangerous, 1991)
Thriller (from Thriller, 1982)
This Is It (especial para a turnê)

Esse sem dúvida seria um dos maiores espetáculos na carreira do Michael Jackson e faria com que ele voltasse às boas novamente. Nem preciso dizer que houve lágrimas de grande parte do público no cinema. Confesso que não senti vontade de chorar, mas fiquei muito triste. Porque o “fim” não era apenas porque tinha acabado a projeção, e sim porque era o final do Michael Jackson, a certeza de que ele não voltaria mais. Mas, como ídolo será eterno.

Corra para os cinemas enquanto ainda tem tempo.

Melissa.

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