Movie Tunes: Twister

Eu tinha totalmente esquecido como a trilha sonora desse filme era boa!!! São as coisas esquisitas que a mente prega em nossa cabeça. De qualquer jeito, preparem-se, porque essa vai ser uma looonga sessão de textos com vídeos intercalados e diversas informações sobre as bandas e artistas respónsáveis por essa trilha.

O segundo filme como diretor de Jan de Bont (Velocidade Máxima 1 e 2, Tomb Raider 2) tinha roteiro de Michael “Parque dos Dinossauros” Crichton e no elenco, Helen Hunt, Bill Paxton, Jami Gertz e o até então desconhecido Philip Seymour Hoffman (coisas da vida não?!).

A história gira (ahm, ahm, sacaram? Gira, tornado, ahm… ahhhh, esquece, foi fraca) em torno de um grupo de caçadores de tornados que está tentando lançar um grupo de sondas dentro de um tornado para melhor entender o funcionamento dessas fúrias da natureza. Ao mesmo tempo, o casal de protagonistas está em vias de se separar, mas a correria da vida faz com que eles partam novamente em busca de mais um tornado.

Esse não é um daqueles filmes que merece verificação passo a passo. O filme é simples e sem dores de cabeça. Vou dessa forma me concentrar na trilha, que tem a até então, última música da segunda formação do Van Halen, “Humans Being”.

É uma piração total essa trilha, especialmente porque ali foi o último momento de paz que a banda de Edward e Alex Van Halen teve. Logo após isso, a banda decidiu que iria se separar (boatos disseram que durante a gravação dessa trilha a banda já não estava unida), contrataram aquele vocalista do Extreme para a banda, não deu certo, Eddie Van Halen foi diagnosticado com câncer de garganta (graças ao excesso de cigarros), se recuperou, mas a banda, apesar de tentar se reerguer com os vocais originais de Dave Lee Roth juntamente do segundo vocalista, Sammi Hagard, não conseguiu voltar ao que era antigamente.

É uma pena, afinal, bandas como Van Halen, que sempre fizeram sucesso acabam fazendo falta no mundo atual, mas quem sou eu para falar? Afinal de contas, meus quase 30 anos de idade fazem de mim um velho chato quando se trata de música nova.

Mais uma razão para me chamarem de estranho é a próxima música que eu escolhi da trilha. Da piradinha Tori Amos, “Talula”.

Não gosto muito dessa música dela em particular, mas a carreira de Tori Amos tem diversas músicas fantásticas e originais em todos os sentidos. E além do mais, sem querer, ela acabou se tornando uma das grandes amigas de Neil Gaiman, sendo madrinha de uma de suas filhas e ganhando a imagem de Delírio, uma das irmãs de Sandman.
A música de Tori Amos é deliciosa de se ouvir, inclusive aquelas em que ela perde a noção de realidade. O trabalho vocal dela, junto com um dos pianos mais deliciosos que eu jamais ouvi faz dela uma artista espetacular que com certeza vale a pena rezar por um show aqui no Brasil. Se o Gaiman veio esse ano, porque não ela também não vem dar um pulo por aqui.
Um último comentário sobre ela, recomendo ler as letras dela. São poesia em movimento e som.

As próximas duas cantoras eu tenho um amor quase de outras vida pela voz de cada uma delas. A primeira se chama Alison Krauss, uma cantora de country music e a música se chama “Moments Like This”.

Não é uma música marcante, mas a voz dela é fantástica, e ao vivo é igualzinha. Alison, além de cantora é violinista e participou da trilha do filme “E aí irmão, onde você está?” (“Brother Where Art Tou”) cantando diversas músicas da trilha, sempre colocando esse seu estilo fabuloso nelas.

Já essa próxima moça, além de manter voz ao vivo, é linda. Shania Twain com “No One Needs to Know”.

Para se ter uma idéia da força que essa mulher tem, pelo ranking da revista Forbes, ela vale por volta de 450 milhões de dólares em razão dos discos e sucessos que ela galgou com sua carreira. Além de cantora e linda, é empresária e dona de gravadora de música country. E ainda assim, o ex-marido corneou ela com a secretária… tsc, tsc, tsc.

A cantora e violinista Alison Krauss faz shows constantemente com Shania, mas ainda não conseguiu o sucesso desta última.

Voltando um pouco do lado country da trilha, temos Mark Knopfler, ex-vocalista e guitarrista do Dire Straits com “Darling Pretty”.

O estilão das músicas da carreira solo de Knopfler fica bem marcado nessa trilha, que é uma mistura do folk americano com blues, quase um bluegrass. A isso se some o vocal inconfundível e a guitarra cantarolando e temos uma música marcante.

A trilha sonora completa ainda conta com Red Hot Chilli Peppers, Soul Asylum, Goo Goo Dolls, K.D. Lang, Stevie Nicks, mas acho que deu para falar um pouco dessa trilha que mostra muita coisa boa que não necessariamente faz parte do mainstream que estamos acostumados a ouvir nas rádios.

Até a música do Red Hot, chamada “Melancholy Mechanics” é da época em que a banda estava sem guitarrista e é simplesmente dispensável.

Fica uma nota final para que revejam o filme com cuidado porque existem algumas surpresas que apenas poucos cinéfilos podem perceber. Uma delas relacionadas a um filme que passa dentro do filme e outra, uma citação a um filme de James Cameron. Eu vou deixar uma dica nos tags da coluna.

J.R. Dib

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