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No Festival do Rio, Priscila Lima é fala sobre “Ana”, longa que retrata a força da mulher

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Priscila Lima está em um momento especial em sua carreira. Ela é a protagonista do filme “Ana” que faz sua estreia no Festival do Rio durante a “Mostra Competitiva de Longa Metragens da Première Brasil” que acontece dia 12 de outubro. Na trama ela vive a personagem de nome homônimo ao título.

– “Ana” é um filme que explora temas de afeto e descobertas. A protagonista é uma jovem mulher residente da periferia, mais precisamente da Pavuna, que enfrenta inúmeros desafios. Sobretudo após a perda de sua mãe, Ana se vê imersa na responsabilidade de prover para si e para seu irmão, desempenhando uma série de trabalhos na zona sul do Rio de Janeiro. Todos os dias, ela cruza a cidade, atuando como passeadora de cachorros e distribuidora de panfletos, fazendo o que está ao seu alcance para quitar as contas ao final de cada mês – ressalta a atriz.

Priscila explica mais sobre a história de sua personagem e os desafios que ela tem que enfrentar no dia a dia.

– Ela é uma mulher batalhadora e solitária, que carrega consigo uma série de questões internas a serem resolvidas. Além dos desafios diários, ela enfrenta a dificuldade de lidar com o irmão mais novo, que, ao explorar a cultura drag, vivencia a tensão de residir em uma área dominada pela milícia. A trama revela essa irmã protetora, que busca encontrar o melhor modo de apoiar e compreender as escolhas do irmão – complementa.

A atriz fala como aconteceu o convite para o longa.

– Encontrei no Marcus (Faustini), nosso diretor, um grande amigo e colaborador criativo. A gente começou essa parceria em 2017, filmando nosso primeiro filme, “Vende-se Esta Moto”, e desde então temos cultivado diversos planos para contar histórias tanto no audiovisual quanto no teatro. Quando ele me convidou para dar vida à personagem Ana, aceitei imediatamente, mesmo sem conhecer profundamente a narrativa. Nós dois temos um olhar bem parecido sobre o mundo, o que me faz confiar muito nas histórias que ele quer contar e na parceria que construímos – relembra.

A atriz ainda revela sobre a sensação de ter um filme, onde é protagonista, estreando no Festival do Rio.

– É uma honra indescritível. Assim como a Ana, também venho da periferia e me mudei na juventude para a zona sul do Rio de Janeiro. Percebi que, muitas vezes, não possuía a mesma autoconfiança que as pessoas desse novo ambiente demonstravam ter. Creio que a confiança em si mesmo vem com mais facilidade para aqueles que nascem em contextos onde não lhes falta nada. Contudo, sempre fui sonhadora, e ver nosso filme no Festival do Rio representa, sem dúvida, a realização de mais um sonho. Precisei trabalhar muito internamente para acreditar no meu potencial e de certa forma percebo que o reconhecimento externo tem vindo aos poucos, junto com o meu próprio reconhecimento interno. Sei que tenho muito a evoluir ainda mas tenho tentado ser mais gentil comigo e reconhecer minhas pequenas conquistas.

Essa não é primeira protagonista da carioca de 31 anos, nascida em Duque de Caxias (RJ). Ela, que tem 15 anos dedicados a profissão, já havia estrelado uma produção para a TV Brasil e Nickelodeon.

– Tive o privilégio de ter sido selecionada como protagonista logo no meu primeiro trabalho para o audiovisual aos 17 anos, o nome da série era “Brilhante FC” dirigida por Kiko Ribeiro e Luis Pinheiro. Ela foi exibida na TV Brasil e no Nickelodeon – revela Priscila.

Depois da estreia de “Ana”, a atriz já tem novos projetos em desenvolvimento.

– Estou ensaiando uma peça de teatro chamada “Capitu 2023” com direção do Marcus Faustini onde estarei contracenando com a querida e talentosa atriz Maria Ribeiro. A estreia acontece em janeiro de 2024 em São Paulo. Além disso, estou escrevendo uma série de terror junto a roteirista Maria Clara Pessoa sobre o universo feminino no meio artístico – completa.

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