Chegou hoje nos cinemas do Brasil o novo longa do diretor Justin Kurzel (“Macbeth” e “Assassin’s Creed”). “A verdadeira história de Ned Kelly” (True History of the Kelly Gang) conta a história (real?) do fora-da-lei Ned Kelly, uma lenda na Austrália.
Inspirado no best-seller escrito por Peter Carey A verdadeira história do bando de Ned Kelly”) o filme mostra a evolução de Kelly de criança pobre até um bandido cruel e um tanto insano.
Ritmo mais lento
O mais impactante do longa, além do bom roteiro e de algumas interpretações de destaque — Russell Crowe, George MacKay e Essie Davis — é o ritmo dado por Justin Kurzel ao filme.
São tomadas mais lentas e que combinam bem com as paisagens desérticas da Austrália, deixando de lado o ritmo mais “agitado” usado em “Assassin’s Creed”, por exemplo.
A loucura de Ned e a sua relação (bem estranha) com a mãe são pontuados por pausas e planos que não são comumente encontrados em produções hollywoodianas, o que serve como uma forma de fugir das fórmulas prontas de sucesso.
Passado no século XIX, “A verdadeira história de Ned Kelly” se aproveita das extensas porções de terra australiana para tornar o filme ainda menos comum. Lembrando (um pouco) Austrália (de 2008, com Nicole Kidman e Hugh Jackman).
Mas o filme também lembra alguns clássicos do cinema americano. Há momentos nos quais é impossível não lembrar de Butch Cassidy (com Robert Redford e Paul Newman), mas fica difícil não pensar que essas referências são propositais.
O longa, que entra em cartaz nos cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro, São José dos Campos, Guarulhos, Santos, Barueri, Sorocaba, Ribeirão Preto, Jundiaí, Campinas, Fortaleza, Salvador, Manaus, Cuiabá, Botucatu, Maringá, Londrina, Vitória, Recife, Indaiatuba e Brasília, é uma boa opção aos filmes de ação do tipo “porrada, tiro e bomba”, onde fica difícil seguir toda a ação e que se tornaram padrão nos dias de hoje.
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