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Para jogar “Jumanji” é preciso coragem e ir até o final

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Lá em 1996, quando a computação gráfica (famoso CG) começava a dar o ar da graça, filmes de monstros e outros seres ainda precisavam improvisar e muitas vezes construir o animal ou pelo menos uma parte dele. Na época, era sensacional. Hoje em dia, se for mal feito, certamente irá cair no esquecimento ou virar motivo de chacota.
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Foi nesse auge que surgiram vários filmes, incluindo “Jumanji”, onde Alan Parrish é um menino solitário que um belo dia é sugado para dentro de um jogo de tabuleiro indo parar nas selvas da África. Anos mais tarde, um casal de irmãos, Peter (Bradley Pierce) e Judy (Kirsten Dunst), encontra o tal jogo e começa outra partida. Ao tirar cinco nos dados, Peter acaba trazendo Alan (Robin Williams) de volta. Ele fica super agradecido, mas triste pois muito tempo se passou e seus pais estão mortos. Após alguns animais estranhos saírem do jogo, os dois pedem a Alan que os ajude e acompanhe a partida. Logo ele entende que aquele não é um novo jogo, mas sim o mesmo que ele começou anos atrás com Sara e agora é a vez dela. Eles saem a procura de Sara (Bonnie Hunt) e descobrem que por causa do que ocorreu no passado, ela mudou de nome para poder ter uma vida normal. Muito relutante (na verdade, ela desmaia e é carregada por Alan) eles reiniciam a partida e descobrem que para que tudo volte ao normal, precisam ir até o final do jogo, custe o que custar.
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“Jumanji” é baseado no livro homônimo de Chris Van Allsburg (também escreveu “Zathura”, que virou filme), escrito em 1982. Quando lançado para os cinemas foi um tremendo sucesso na época e conquistou a todos. Esta que vos escreve foi ao cinema com os amigos para assistir e até hoje esse dia é guardado como uma ótima lembrança.

Pegando onda em “Jurassic Park”, o diretor Joe Johnston (de Capitão América), quis ficar o mais perto possível da história original e preferiu construir grande parte do cenário e animais, usando o CG apenas como recurso de toque final. Ou seja, cenas como o estouro da manada saindo da parede realmente aconteceu com todos aqueles livros explodindo para todos os lados. Usaram um carrinho simulando três rinocerontes em tamanho reais e azuis, para depois serem alterados digitalmente. A parte em que uma chuva torrencial alaga tudo, também aconteceu. Eles reservaram um pedaço do cenário e inundaram tudo com a água atingindo 2m de altura. Os atores usaram pouquíssimo seus dublês, deixando tudo ainda mais real. O leão que sai do jogo é um perfeito animatronic, assim como o pelicano que rouba o jogo e o crocodilo que Alan enfrenta.
jumanji_1080_3_large Nos extras que existem no blu-ray, Robin Williams se gaba um pouco sobre isso. Por poder realmente vivenciar o personagem por inteiro, incluindo as cenas mais perigosas. Aliás, a década de 90 foi o auge da carreira de Williams que teve papéis marcantes como a Senhora Doubtfire em “Uma Babá Quase Perfeita“, Peter em “A Volta do Capitão Gancho”, Armand em “A Gaiola das Loucas” e Sean Maguire em “Gênio Indomável”, que lhe rendeu seu primeiro Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, em 1998.

Uma curiosidade legal é que somente após assistir ao filme de novo, pude notar que adultos não conseguiam ouvir os tambores do jogo, só crianças. Dá mesma maneira que só crianças podem jogar. Então como Alan e Sara adultos conseguiram? Simples. Como a partida deles não foi finalizada, tudo aquilo ali na verdade era um futuro alternativo. Portanto, teoricamente eles ainda eram crianças e por isso podiam jogar. Pois ao chegar no final do jogo e falar Jumanji, tudo voltou ao normal e eles voltaram ao ano em que tudo começou. E ainda falam que filmes para crianças são simples.

No mais, “Jumanji” é sim um clássico filme para família, muito divertido, que merece ser visto e revisto por todos, mesmo após 18 anos do seu lançamento.

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