O prefeito da cidade do Rio de Janeiro decidiu liberar a abertura das salas de cinema a partir desta segunda-feira (14).
Porém, como acontece com várias das suas “decisões”, ela inclui itens que não fazem muito sentido e que são rechaçados até mesmo por quem deveria se beneficiar delas. No caso, os exibidores.
A “liberação” não inclui a venda de comida e bebida nas bombonieres ou o consumo de alimentos dentro das salas de exibição.
Como o prefeito deveria saber, uma das maiores fontes de renda dos cinemas é exatamente a venda de alimentos. Um refrigerante e uma pipoca podem, facilmente, superar o preço de um ingresso.
Portanto, proibir esse comércio é praticamente inviabilizar o negócio.
As empresas exibidoras que atuam na cidade do Rio de Janeiro divulgaram uma nota para explicar a razão da recusa em reabrir as salas.
Veja a íntegra da nota:
Os exibidores de cinema da cidade do Rio de Janeiro agradecem o reconhecimento do Prefeito de que nossas salas são tão ou mais seguras que restaurantes, salões de festa e academias. Os cinemas estão liberados para funcionar na cidade a partir de segunda-feira, 14 de setembro. Entretanto, NÃO VAMOS ABRIR. Inesperadamente a prefeitura decidiu suspender a compra de comida e bebida nas bombonieres dos cinemas e o consumo dentro das salas.
Isso inviabiliza o negócio. Não conseguimos pagar os salários dos nossos funcionários nem os outros custos relacionados à operação dos cinemas. Dentro das salas de cinema os clientes estarão sentados com distanciamento social garantido num ambiente cujo ar-condicionado promove renovação de ar contínua e é regulamentado em lei e fiscalizado.
O que nos diferencia de praças de alimentação de shoppings? O Rio escolhe um caminho de excepcionalidade em relação às demais prefeituras onde os cinemas estão voltando a funcionar. Lamentamos profundamente adiar mais uma vez essa reabertura, o que poderá acarretar o fechamento de salas numa cidade que já foi a capital do cinema.
Os exibidores do Rio de Janeiro
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