Olá pessoas! Me chamo Melissa, e a partir de hoje estarei postando resenhas de filmes, além de outras informações cinematográficas aqui no Ambrosia.
E já começo em grande estilo, falando de uma paixão minha bem antiga: Disney/Pixar.
Faz tempo que a Pixar não se preocupa em fazer filmes especificamente para o público infantil. Não, senhor!
Está sempre querendo mais, afinal, quem é que leva os pequenos ao cinema? Claro, os pais.
Vendo que os adultos também são um grande público em potencial, passaram a incorporar em seus longas, piadas e situações que só ocorrem no mundo de “gente grande”. Coisas que as crianças desconhecem, mas que ainda assim acham a maior graça.
Pixar consegue um feito inédito na indústria cinematográfica, emplacar um sucesso atrás do outro e, com UP – Altas Aventuras, não poderia ser diferente.
Up conta a história de Carl Fredricksen, um viúvo de 78 anos que se vê sozinho e as turras com uma empreiteira que quer a qualquer custo lhe tirar da sua querida casa. O motivo dele ser tão apegado ao seu lar, são todas as boas lembranças que ele viveu com a esposa, Ellie, sua amiga de infância.
Em meio a uma pequena confusão com um dos operários, Carl vê a grande oportunidade de tornar um sonho antigo realidade. É aí que começa a grande aventura.
Carl reúne todos os balões infláveis que tinha na época que trabalhava e deixa tudo ajeitado para sua “fuga”. Destino? Uma bela cachoeira na Venezuela.
Em meio aos ares, pensando estar longe de tudo e todos, alguém bate a porta de Carl. Surpreso, ele abre e se depara com um menino escoteiro. Pronto. Agora que a vida dele muda drasticamente. Ele consegue levar sua casa para a Venezuela, e lá que tudo se complica. Antes sozinho, agora tem a companhia de Russel, um menino ativo, falante e que tem muito a ensinar a esse velho viúvo. Aqui está uma história que não precisa de heróis fortes ou vilões malvados, Up fala sobre o valor do amor, da amizade, perda e esperança.
A sequência inicial do filme, é uma das mais emocionantes que eu já tive prazer de ver no cinema. Me levou as lágrimas e com certeza vai ter o mesmo efeito em todos aqueles que forem, a não ser que você seja um pessoa insensível. Pode por a culpa na trilha sonora, dirigida por Michael Giancchino, responsável por dar o toque exato de drama e ação nas cenas.
Já as cenas de comédia, ficam por conta da dupla Russel e Carl, novos velhos amigos e Dug o cachorro falante. Como é divertido assistir aos dois interagindo e poder ver como aquela união está mudando o pensamento de Carl em relação as pessoas.
O vilão do filme só serve para garantir boas cenas de ação, o considero fraco, mas necessário para mostrar ao Carl que uma idéia, um sonho, pode ser adaptado, afinal o real vilão da nossa história é o tempo.
Nos cinemas brasileiros temos duas versões do filme, normal e 3D. Assisti a versão em 3D e foi um show a parte, os balões, as cores, a paisagem, os personagens, é um espetáculo incrível.
A dublagem também dá um pitada a mais, por conta do estreante Chico Anísio nesse tipo de trabalho. Ele dá conta e até se parece um pouco com o próprio desenho não acham?
Com mais esse clássico a Pixar acerta em cheio e garante mais um sucesso ao seu hall da fama. Afinal, onde mais você se encantaria por um rato que quer ser chef de cozinha, um robô que não fala, mas sabe demonstrar sentimentos muito bem, e um peixe palhaço que atravessa os sete mares em busca de seu filho?
A Disney/Pixar conhece muito bem o sentido da palavra magia.