O ano de 2013 no cinema termina com resultados positivos na bilheteria mundial. Segundo a revista Variety, a renda total de filmes nos EUA foi de US$ 10,836 bilhões, enquanto no Brasil foram vendidos 26 milhões de ingressos. Mas esses números espetaculares não podem esconder o fato de que o ano teve muitas produções ruins ou decepcionantes, como “Homem de Ferro 3”, que apesar de ser o recordista na arrecadação de 2013, deixou muita gente desapontada com a mais recente aventura do herói da Marvel, estrelada por Robert Downey Jr. Mas ele nem foi um dos piores dos últimos 365 dias e, por isso, não foi incluído nesta lista, que possui algumas ‘pérolas’ da ruindade cinematográfica. Sem mais delongas, vamos a elas:
1 – “Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer”
Bruce Willis ainda convence como herói de ação, apesar de estar com 58 anos. Mas nem mesmo ele consegue salvar essa verdadeira bomba, certamente o pior filme da série. Dirigido sem maior empolgação por John Moore, o filme coloca John McLane na Rússia para ajudar o filho Jack (Jai Courtney) numa complicada missão. Com um roteiro mal escrito e vilões pouco interessantes, o filme, ao invés de empolgar, causa sono e constrangimento. Mais sorte para Willis em 2014.
2 – “Chamada de Emergência”
Premiada com o Oscar, Halle Berry tenta até hoje estrelar um filme que mostre que ela pode fazer sucesso fora da franquia “X-Men”. Infelizmente, não será com esse suspense, em que vive uma operadora de chamadas para a polícia de Los Angeles que tenta ajudar uma adolescente (a ex-Pequena Miss Sunshine Abigail Breslin) a escapar das mãos de um sequestrador. O interessante Brad Anderson (“O Operário”) realiza a sua pior direção em sua carreira, prejudicada ainda mais com um desfecho ridículo, provavelmente inspirado em “Jogos Mortais”. Em uma palavra: Ridículo.
3 – “Se Puder… Dirija!”
Anunciado como o primeiro filme brasileiro feito em 3D com atores, a comédia conta com dois bambas do humor: Luiz Fernando Guimarães e Leandro Hassum. Mas o diretor Paulo Fontenelle se preocupou bem mais em dar closes nos carros da Renault (que patrocina o filme) do que conseguir dar alguma graça ao roteiro raquítico que conta a história de um pai que se enrola todo pelo Rio de Janeiro ao lado do filho pequeno. Desperdício de dinheiro e de bons atores, pelo menos mereceu o fracasso de bilheteria.
4 – “Casa da Mãe Joana 2”
Hugo Carvana voltou a fazer sucesso de público com a primeira parte em 2008, contando com o carisma dos protagonistas José Wilker, Paulo Betti e Antonio Pedro Borges. Mas não havia necessidade de uma continuação, ainda mais com uma história boba, sem pé nem cabeça, que envolve até fantasmas de personagens da Revolução Francesa (oi?). Para piorar a situação, não tem uma piada que preste e ainda por cima, faz Wilker pagar mico com uma suposta homenagem a um de seus personagens mais famosos de sua carreira no cinema: o Vadinho de “Dona Flor e Seus Dois Maridos”. Uma total perda de tempo.
5 – “Jobs”
Sabe aquele ditado “A pressa é a inimiga da perfeição”? Se houve um filme que justificasse essa frase é “Jobs”, criado para aproveitar a morte do “pai” dos aparelhos mais conhecidos da Apple, como o iPhone e o iPad. Apesar do louvável esforço de Ashton Kutcher de ficar ainda mais parecido com Steve Jobs, tanto na forma física quanto nos seus trejeitos, faltou uma direção e roteiros mais caprichados para que essa cinebiografia se tornasse mais relevante. “A Rede Social”, de David Fincher, e o telefilme “Piratas de Silicon Valley” são bem mais memoráveis para falar sobre os novos ‘gurus’ da informática.
6 – “Crô – O filme”
O sucesso do mordomo homossexual vivido por Marcelo Serrado na novela “Fina Estampa” se repetiu nos cinemas. Mas o filme, dirigido pelo consagrado Bruno Barreto fracassou em fazer rir e ainda por cima tinha uma trama pesada demais para uma comédia, que faz uma espécie de denúncia sobre a exploração de imigrantes ilegais. Faltou leveza e um ritmo mais adequado para uma produção que pretendia ser uma comédia. Podemos ter mais filmes sobre Crô no fututro, graças à boa arrecadação. Deus nos ajude!
7 – “O Cavaleiro Solitário”
A mais nova parceria do astro Johnny Depp com o diretor dos três primeiros filmes da franquia “Piratas do Caribe” custou caro demais para os estúdios Disney, que investiu US$ 215 milhões num filme que já nasceu fadado a fracassar. Praticamente ninguém correu para os cinemas para ver Depp fazendo a sua versão do índio Tonto, ao lado de Armie Hammer, que viveu o personagem-título. Para o autor do Ambrosia, Renan de Andrade, “o diretor Gore Verbinski e sua trupe de roteiristas parecem não ter acertado suas múltiplas visões do universo retratado”. Uma pena.
8 – “Depois da Terra”
Will Smith achou que seria uma boa ideia produzir e co-estrelar um filme de ficção científica (gênero que o tornou um astro graças a “Independence Day” e a franquia “MIB – Homens de Preto”), que serviria para consagrar de vez o filho Jaden Smith, após a bem-sucedida nova versão de “Karate Kid”. Só que deu tudo errado desta vez. O ex-queridinho de Hollywood M. Night Shyamalan não conseguiu, mais uma vez, realizar um bom trabalho e o filme se tornou um grande fracasso mundial. Para Renan de Andrade, “a trama é cheia de forçações de gênero e de uma chatice emocional sem tamanho”. Melhor Smith pensar duas vezes antes de meter os pés pelas mãos novamente.
9 – “Aposta Máxima”
Criado para alavancar a carreira do cantor Justin Timberlake no cinema, “Aposta Máxima” é, segundo a editora do Ambrosia Melissa Andrade, um filme que blefa com o espectador. Para ela, “o filme é demasiado longo e mesmo com roteiro interessante, as cenas de ação são fracas ou inexistentes”. Nem a presença de Ben Affleck como o vilão serviu para salvar essa produção, ambientada no mundo da jogatina. O jeito é esperar para ver como Affleck se sai como o novo Batman.
10 – “O Concurso”
2013 foi mesmo o ano do ‘boom’ das comédias nas bilheterias brasileiras. Mas a grande maioria delas, apesar do sucesso de bilheteria, se revelou como um retrocesso no cinema nacional. O principal representante desta ‘tendência’ foi “O Concurso”, que contou com os queridos do público Fabio Porchat e Sabrina Sato. Porém, o filme se revelou um grande desperdício de tempo e dinheiro e, de acordo com Renan de Andrade, “ele reafirma a tese de que estamos tendo quantidade, e não só carecendo de qualidade, como de alguma efetividade cômica”. Lamentável.
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