No último dia 16 o cinema perdeu George Romero, o papa dos filmes de zumbis. Nascido George Andrew Romero, em 4 de fevereiro de 1940 em Nova York, tornou-se um cineasta icônico com seus filmes de terror com tenazes críticas sociais subliminares. Ele tinha 77 anos e lutava contra um câncer no pulmão. Para celebrar a carreira do diretor, selecionamos aqui sete filmes essenciais desse mestre do terror.
7. A Metade Negra (1993)
Esse foi, digamos, o mais próximo que Romero já chegou de fazer um filme de terror mainstream. Com base no livro de Stephen King, amigo do cineasta, a trama acompanha um romancista cujo alter-ego fictício começa a se manifestar fisicamente. É basicamente um thriller psicológico.
6. O Exército do Extermínio (1973)
Foi o filme que se seguiu a “Noite dos Mortos-Vivos”. É um olhar pessimista sobre uma pequena cidade rural presa por um surto estranho e inexplicável de um vírus que os transforma os habitantes, fazendo-os cometerem atos horríveis, sempre sorrindo. Um exemplar com claras alusões políticas, a marca registrada de Romero.
5. Creepshow – Show de Horrores (1982)
Com roteiro de Stephen King, o filme é dividido em quatro contos, reunindo histórias enigmáticas de zumbis, monstros em caixotes, fungos alienígenas e um racista com medo de baratas. É um filme com forte influência das histórias de horror de que Romero e King eram fã, como “Contos da Cripta”.
4. Martin (1976)
É um filme muitas vezes esquecido na obra de Romero. E um dos mais interessantes. O longa propõe uma subversão do terror – mais especificamente o subgênero vampiros. A trama gira em torno de um jovem que liga para uma estação de rádio, porque ele acredita ser um vampiro. Ele não tem colmilhos afiados ou uma aversão para cruzar e sol; ele droga mulheres e usa uma lâmina de barbear para cortar suas veias e beber seu sangue. O tio de Martin acredita que pode reabilitá-lo, já que ele também acredita que o rapaz é uma criatura da noite. Essa mistura macabra de fantasia e realidade é que torna o filme fascinante.
3. O Dia dos Mortos (1985)
Provavelmente o filme mais angustiante de Romero, também é um dos seus mais bem sucedidos no departamento de efeitos, graças mais uma vez ao trabalho de Tom Savini. A humanidade está quase extinta, e apenas um pequeno contingente militar e científico permanece em um bunker subterrâneo tentando, de alguma forma, aprender sobre os mortos-vivos e possivelmente reverter os efeitos. O cerne do filme é tratar do que acontece quando a sociedade, mesmo no menor nível, se desintegrou e não há nada a fazer. Torna-se realmente sombrio. E a única mulher de todo o grupo, se apresenta obstinada e resistente. Daí podemos dizer que há muita frustração…
2. A Noite dos Mortos-Vivos (1968)
Nasce o subgênero filme de zumbi, que nunca mais saiu de moda. O que faz desse um filme tão inovador? começa pelo fato que foi filmado quase como um noticiário daqueles que passavam nos cinemas antigamente. Foi feito em um orçamento muito baixo, ao longo de um período muito longo. O iniciante Romero contava apenas com sua experiência na televisão local de Pittsburgh. Além da sangueira, ainda havia um homem afro-americano comandando um grupo de brancos. Algo completamente subversivo para a época.
1. Madrugada dos Mortos (1978)
Não resta dúvidas de que esse é o melhor filmes de zumbis já feito. Faz uma sátira social, com reflexão sobre o consumismo emoldurada por alguns dos melhores efeitos de gore de baixo orçamento já criados (outro mérito de Tom Savini). Fora a galeria de zumbis mais indelével de todos os tempos, incluindo, além do que ilustra o icônico cartaz, a enfermeira, a freira, o Hari Krishna, o gordo. Indispensável.