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“Beyond: Two Souls” é um espetáculo de jogo com roteiro e gráficos incríveis

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Adoro videogames. Infelizmente não me dedico a eles com o mesmo afinco que existia no passado. Pude testar a maioria dos consoles, indo do Atari (graças ao meu irmão!), Master System 3 (com Alex Kidd), Super Nintendo, o Mega Drive de um amigo, o PlayStation do meu primo, o Xbox de uma amiga em São Paulo (Just Dance na madrugada!) até chegar ao PlayStation 3, o primeiro que comprei com meu suado dinheiro. Desde então tenho procurado investir em alguns jogos, mas não muitos. Não faz sentido acumular um monte e não conseguir jogar.

Um dos primeiros jogos que comprei e zerei foi o “Heavy Rain”. Logo, pela lógica e também por ser da mesma empresa, “Beyond: Two Souls” chamou minha atenção no ato e viciei bem rápido.
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Jodie Holmes é uma garota especial. Desde que se entende por gente, essa entidade chamada Aiden lhe acompanha para todos os lados e a protege dos mais variados perigos até mesmo quando ela não quer ser protegida. O jogo começa com ela, no escritório de um policial que lhe faz perguntas, ela está careca e com uma enorme cicatriz na cabeça e se recusa a conversar. Ao sair da sala, o policial se depara com a equipe da SWAT em sua delegacia e eles exigem falar com a Jodie. O policial os deixa passar, abrindo a porta e a cena corta para vários corpos no chão, tudo destruído e o Dr. Nathan Dawkins entrando e se perguntando o que foi que aconteceu. Assim começa o jogo e a complicada e misteriosa vida de Jodie.
O jogo é simplesmente incrível, sem exageros. Para aqueles que estão familiarizados com “Heavy Rain” os comandos e a jogabilidade de “Beyond: Two Souls” é basicamente a mesma com algumas boas modificações. Quem não conhece é meio difícil de entender a princípio, mas depois que se pega o jeito, se torna instintivo. Com as duas manivelas você movimenta o personagem e a câmera, assim como determina suas ações como abrir portas, sentar, levantar e outras mais complexas, requerendo apertar um ou mais botões para ser concluída. Para decidir de que forma responder, vai surgir na tela ao lado do personagem de uma a quatro opções e os botões equivalentes.

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A Quantic Dream, responsável por ambos, acredita na vivência integral do jogador com aquilo que está sendo jogado. Portanto, você é um participante ativo na história, precisando pensar, decidir e agir como bem quiser com a personagem, mas sempre levando em consideração que cada ação irá resultar numa diferente cena. Por conta disso, não se tem muita liberdade de circular pelos cenários e de vez em quando se esbarra em barreiras invisíveis, ou o próprio personagem gira e te leva a direção correta. O que não chega a incomodar, já que por existir inúmeras opções de caminho dentro do roteiro, ficar zanzando a esmo não faz sentido. Então, dependendo de qual seja a sua resposta a uma determinada conversa, novos caminhos irão se abrir, pode ser que você goste ou não.

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Um dos muitos pontos altos é que se trata de uma história não-linear, dividida em capítulos, onde vamos montando o quebra-cabeça que é a vida de Jodie e descobrindo como foi que ela chegou até o ponto do início do jogo, que não chega nem a ser a metade dele. Essa forma de narrativa é deveras interessante e cria um ar de mistério e segredos sem respostas até quase o final do jogo.

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Os gráficos são sem dúvida um prato cheio e dão aquele ar de filme que a Quantic Dreams tanto gosta. Os cenários são simples, mas, cheio de detalhes, seja no deserto, na neve ou dentro de casa. Sem dúvida, a atração principal continua sendo os atores escalados Ellen Page, Willem Dafoe (você confiaria nele?) e Eric Winter, para viver os personagens, que dão vida a Jodie, Dr. Nathan e Ryan, respectivamente. Eles foram submetidos a técnicas de captura de movimento, incluindo também de expressões faciais e atuaram como se fosse realmente um filme para Hollywood. Alguns podem não gostar, torcer o nariz, porque em muitas cenas, você mais assiste do que joga, o que fez com que muitos perguntassem porque não produziram logo um filme? Bom, porque a premissa da Quantic Dreams é essa e não se mexe em time que está ganhando. O que nos leva a outra pergunta: até quando?

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Apesar de tudo, “Beyond: Two Souls” não é inteiramente perfeito. Existem pequenas falhas de roteiro, como por exemplo a relação entre Ryan e Jodie que em determinado momento está num nível e no outro já mudou completamente e você não presencia isso. Outro porém são os personagens coadjuvantes que são um tanto inexpressivos, deixando visível a total dedicação somente com os principais, mas, nada que influencie diretamente na sua diversão.

É um jogo ligeiramente rápido, em um dia e meio é possível concluí-lo, mas, precisa jogar mais de uma vez se quiser coletar todos os troféus (são 46 ao todos) e os bônus que incluem arte e vídeos de making off por exemplo. Já os finais, bom, existem 24 deles! É…também me espantei, mas de acordo com a Revista PlayStation, que lista todos, é isso aí mesmo.

“Beyond: Two Souls” é um lançamento antigo, de Outubro, mas é um jogo que merece sua atenção, seja pelo o que eu escrevi aqui (eu espero!), pelos gráficos, enredo ou simplesmente, a mais pura curiosidade.

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2 Comentários

  • Desde que anunciaram esse jogo estou babando de vontade de jogar. Gostei da resenha. Os defeitos citados costumam me incomodar um pouco, mas até aí o próprio Heavy Rain tem praticamente as mesmas deficiências e eu já terminei três vezes! Então realmente não deve atrapalhar a diversão.

  • Obrigada Thiago =D O jogo tem um roteiro tão bem trabalhado que esse defeitos acabam passando batido. Ainda assim, eles estão lá. Só zerei Heavy Rain 1 vez, mas isso porque geralmente dou um tempo do jogo quando termino antes de pega-lo de novo e tentar outros troféus e finais. Se puder comprar, vale MUITO a pena.

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