Naroca lança “Meridiana”, seu álbum de estreia, em vinil

Meridiana marca o início da carreira de Naroca como cantora e compositora. Contudo, quando lançou o trabalho nas plataformas digitais em 2021, a artista estava longe de ser uma iniciante e já contabilizava mais de 12 anos de atuação como percussionista, regente de blocos de carnaval e DJ. Com reconhecida trajetória na cena mineira, a artista escolheu a cidade de Belo Horizonte para lançar oficialmente a versão em vinil do trabalho. O show de celebração do lançamento aconteceu no último dia 29 de junho, no Teatro de Bolso do Sesiminas, e contou com os músicos Thiago Corrêa, João Myhrra, Débora Costa e Amanda Babosa, além das participações especiais da premiada cantora, compositora e multi-instrumentista Nath Rodrigues e do VJ Homem Gaiola.

Produzido pela fábrica Rocinante e remasterizado por Arthur Joly em São Paulo, a versão em vinil acaba de ser lançada ao mundo e pode ser adquirida através das redes da artista. O novo formato valoriza a sonoridade do álbum que aposta em uma rica diversidade musical e rítmica. Com produção assinada por Faew (Rafael Fantini), o trabalho revela as múltiplas referências que vibram na artista, passeando por universos como reggae, afrobeat, pop, cultura popular e MPB. São 12 faixas autorais, algumas em parcerias com Faew e Rafael Fares, misturando a introspecção e a festividade, sempre com os pés fincados na brasilidade. Conta ainda com as participações especiais das cantoras e compositoras mineiras Mariana Cavanellas e Jennifer Souza.

“A linha-guia de Meridiana é a liberdade, um valor importante na minha forma de estar no mundo. Existe uma presença forte da diversidade rítmica, que é algo caro a mim enquanto percussionista”, comenta Naroca. A artista que se define como uma cria da linhagem tropicalista, ressalta ainda que o hibridismo entre o orgânico e o eletrônico também foi crucial na construção da identidade sonora de Meridiana. Sobre o conceito, Naroca completa: “Na acupuntura, meridiano é o canal energético que liga os órgãos internos aos pontos externos. A palavra também é usada, na geografia, para definir limites que não são visíveis entre os hemisférios. Ou seja, limites sem limites. O conceito vem dessas metáforas, já que o disco liga meu universo interior ao mundo exterior, por meio de uma música sem fronteiras, livre, que conversa e se transforma”.

Sobre Naroca

Envolvida com a música desde 2008, Naroca é fundadora de diversos projetos musicais, como o Bloco Chama o Síndico, a Fanfarra Feminina Sagrada Profana, e as festas “Geleia Geral Brasileira” e “Baixo Ventre”. Além de idealizar, fundar em parceria com outros artistas, co-produzir e tocar nestes projetos, a musicista já foi integrante de importantes bandas da cidade: os grupos de maracatu Trovão das Minas e Baque de Minas, o grupo de estudos de música africana Djun, a orquestra de improvisação Frito Na Hora, a banda instrumental Iconili, os blocos Como te Lhamas e Alcova Libertina, a Orquestra Atípica de Lhamas e, atualmente, as bandas Chama o Síndico e Sagrada Profana.

Naroca já acompanhou como percussionista alguns artistas como Marcelo Veronez, Brisa Marques, Fernanda Polse, Victor Magalhães e gravou as percussões do último trabalho de Lô Borges. Gravou em estúdio oito álbuns completos arranjando e tocando seus instrumentos de percussão. Dividiu o palco com artistas como Elza Soares, Marcos Valle, Fernanda Abreu, BNegão, Otto, Djonga e já se apresentou nos principais palcos do Brasil e em países como Estados Unidos, México, Argentina, França e Senegal em seus 12 anos de carreira na música.  

Esse projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.

Naroca lança “Meridiana” em vinil

Naroca – “Meridiana”

1. Tangará (Naroca / Rafael Fares)

2. Omolu (Naroca / Faew)

3. Ave (Naroca)

4. Quero (Naroca)

5. Tempos Sombrios (Naroca)

6. Amor de Carnaval (Naroca / Faew)

7. Um Cantinho (Naroca)

8. Sou Lua (Naroca)

9. Curumim Tupinambá (Faew) – feat. Mariana Cavanellas

10. Matias (Naroca / Faew)

11. Djun Did (Naroca / Rafael Fantini) – feat. Faew

12. Tangará Dub (Naroca / Rafael Fares) – feat. Jennifer Souza

Produção musical: Faew | Masterização: Arthur Joly

Capa: foto de Luiza Ananias / arte de Rodrigo Moreira

Gravado em casa, (exceto “Djun Did”, Galeria Resistor BH, 2020/2021).

Sair da versão mobile