Companhia das Letras publica ‘Garota, mulher, outras’, de Bernardine Evaristo

Garota, mulher, outras da Companhia das Letras ( com tradução de Camila Von Holdefer), de Bernardine Evaristo, é um verdadeiro marco da ficção britânica.

O romance causou furor quando publicado: venceu o Man Booker Prize em 2019, foi aclamado por nomes como Barack Obama, Roxane Gay, Ali Smith e Tom Stoppard e incluído nas listas de melhores livros do ano por veículos como The Guardian, Time, The Washington Post e The New Yorker.

A forma, por si só, não é convencional: trata-se de um gênero híbrido, composto de versos livres e sem pontos finais. O pano de fundo dessas histórias é uma Londres dividida e hostil, logo após a votação do Brexit: um lugar onde as pessoas lutam para sobreviver, muitas vezes sem esperança, sem que as suas necessidades sejam atendidas e sem que sejam ouvidas.

Nesse ambiente opressor, as vozes de Garota, mulher, outras formam um coro e levantam reflexões poderosas sobre o machismo, o racismo e a estrutura da sociedade. Bernardine foi escalada para abrir a edição de 2020 da Flip, que está acontecendo até esse fim de semana.

A mesa Diásporas, que participa, ocorreu dia 03 de dezembro, onde Bernardine conversou com a escritora Stephanie Borges, que lançou em 2019 o livro “Talvez precisemos de um nome para isso”, que discute o imaginário estético da sociedade como forma de opressão da mulher negra. Ela também é tradutora de autoras como Audre Lorde e Bell Hooks. Vide vídeo da mesa:

mesa 1 | 18h - Diásporas, com Bernardine Evaristo e Stephanie Borges - áudio original

Sair da versão mobile