Oswald de Andrade, escritor, poeta, ensaísta e um dos protagonistas do modernismo literário no Brasil será homenageado na FLIP – Feira Literária Internacional de Paraty – este ano, evento que acontece entre 6 e 10 de julho na cidade de Paraty (Rio de Janeiro).
A homenagem a Oswald pretende cobrir toda sua carreira, mas aproveitar o gancho e também abordar a Semana de Arte Moderna de 1922, da Antropofagia, do nativismo Pau-Brasil e de outras características do autor ainda não exploradas, como ressaltou o curador Costa Pinto em nota oficial:
“Ainda há muito a explorar sobre este pensador de uma miscigenação sem nostalgia da identidade (bem à frente, portanto, do atual discurso multicultural), o crítico da civilização técnica e, sobretudo, o criador de uma poética que restaura o arcaico para se libertar do passado”
Oswald de Andrade começou sua carreira muito próximo de Mario de Andrade, que apesar de possuir o mesmo sobrenome não possuía parentesco com Oswald, mas as duas figuras se tornaram cada vez mais distantes Oswald se tornava o membro mais feroz e provocador entre os participantes da Semana de 22. Muito por discordar da herança romantica adotada por seus colegas, produziu o Manifesto Pau-Brasil após entrar em contato com a função do primitivismo no Cubismo em viagem a Paris, alavancando a idéia de descolonização e reconhecimento da cultura e arte nacional. Já no Manifesto Antropofágo, escrito pelo autor em 1928 (ou 374 como o autor datou), Oswald utiliza da idéia que o canibalismo nas sociedades humanas sempre existiu para absorver poder alheio para propor que o Brasil possui uma cultura mais forte por ter “digerido” a cultura européia.
E essa pequena sinopse não contempla a ponta do iceberg do que pode ser explorado de Oswald de Andrade, motivo maior ainda para aguardar esta FLIP com grande ansiedade.
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