Publicado originalmente no Brasil em 1975 pela Editora Difel, hoje parte da Bertrand Brasil, o polêmico Papillon, a história do homem que fugiu do inferno, de Henri Charrière, volta às livrarias neste mês de outubro, quando estreia o remake da obra nos cinemas.
O livro é um relato autobiográfico de Charrière, condenado à prisão perpétua por um assassinato que não cometeu e um dos poucos a conseguir fugir da Ilha do Diabo, localizada na temível e impenetrável floresta da Guiana Francesa. Ele relata como foi acusado, fala de seu martírio ao longo dos anos de confinamento, além da corrupção entre os guardas e de como planejou sua fuga cinematográfica.
Papillon foi adaptado para o cinema pela primeira vez em 1973, quatro anos depois que o livro havia sido lançado na França.
Na época, o longa foi estrelado por Steve McQueen e Dustin Hoffman, respectivamente nos papéis de Charrière e Louis Dega, prisioneiro que se torna seu aliado na ilha. O remake traz Charlie Hunnam (astro da nova versão de Rei Arthur) como Charrière e Rami Malek (da série Mr Robot) como Dega. O elenco conta ainda com Roland Møller (Atômica, O Passageiro) e Tommy Flanagan (Guardiões da Galáxia Vol. 2, Gotham).
A obra já foi considerada pelo jornal Le Monde como um dos maiores clássicos de fuga e aventura do século XX.
Henri Charrière nasceu em Ardèche, França, em 1906, e faleceu em Madri, em 1973. Foi um ex-militar da Marinha francesa. Após entrar para a reserva, passou a praticar pequenos golpes em Paris, até ser acusado de assassinato e ser mandado para um presídio na Guiana Francesa, onde conheceu outros condenados que foram incluídos na trama do livro, publicado mais de duas décadas após sua fuga. Depois de escapar em direção à Venezuela, no ano de 1945, ele se casou e viveu em Caracas, onde abriu um restaurante. Morreu na miséria, após gastar todo o dinheiro ganho com a publicação do livro na produção de um outro filme que foi fracasso total de bilheteria.
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