Terça-feira, 08 de Outubro, o dia em que os fãs de Percy Jackson e companhia mais esperavam, finalmente havia chegado. Ao dar 12h, os cubos, prateleiras e gôndolas das principais livrarias estavam quase vazios. Havia apenas um ou dois exemplares sobrando de “A Casa de Hades” (Editora Intrínseca – 496 páginas), penúltimo livro da saga dos Heróis do Olimpo.
*Spoilers a frente, siga por sua conta e risco*
No final de “A Marca de Atena”, após finalmente encontrarem a estátua de Atena Partenos, Percy e Annabeth, acabam caindo no Tártaro. Seus amigos, sem poder ajudar, prometem seguir viagem até a Casa de Hades, para fechar deste lado as Portas da Morte e assim impedir que os monstros continuem voltando a vida. Enquanto Percy e Annabeth vão dar um jeito de manter as portas do lado de lá devidamente fechadas. Com isso, o primeiro grupo de semideuses deve continuar viagem até Épiro, onde se encontra a Casa de Hades, antigo local onde os semideuses e mortais iam para buscar conselho com seus antepassados. Claro que a travessia não seria nada fácil. No caminho enfrentaram inúmeros obstáculos e novos desafios. Hazel se encontrou com Hécate, a deusa das encruzilhadas, que lhe mostrou possíveis situações para cada escolha que ela e os amigos fizessem. Ainda lhe disse que ela teria que aprender a controlar a névoa, pois quem a esperava para um confronto era muito poderosa. Frank está tendo dor de cabeça constante pois Ares e Marte, as duas versões de seu pai, não param de brigar em sua cabeça. Para pará-los ele vai precisar mostrar seu valor como herói e filho do deus da guerra. Piper decide se tornar mais útil e toma lições de combate com Hazel. Já Jason, sem Percy ou Annabeth para liderá-los, toma o comando e tenta manter seus amigos unidos e com a moral em alta, o que fica difícil algumas vezes com a presença de Nico. O garoto insiste em se manter distante e aparecer repentinamente, além de não dar respostas e opiniões lá muito positivas. O que só deixa Jason muito desconfiado. Enquanto isso, lá no Tártaro, Percy e Annabeth estão enfrentando problema atrás de problema. Com fome, feridos e muito cansados, eles precisam percorrer toda a profundeza, fugindo de antigos e novos inimigos, para enfim encontrarem as Portas da Morte. Acontece que o local é pior do que eles sequer imaginavam e precisarão da ajuda mútua um do outro para sobreviverem. Mas, eles sabem que ao chegarem ao seu destino precisarão fazer uma escolha, pois as Portas da Morte precisam ser fechadas de ambas os lados. Quem ficará para trás?
Faltando apenas um livro para encerrar a saga, Riordan não poupou nossos jovens heróis das maiores provações e sofrimentos. Em algum momento, aquele bem fatídico, todos tiveram que tomar duras decisões a fim de continuar com a jornada. De todos os livros, este sem dúvida é o que possui a narrativa mais apressada, onde os heróis, em pouquíssimos dias, simplesmente mudaram da água para o vinho. O mesmo tempo que eles não tem, parece também não existir para os leitores. Fazendo assim com que a parte mais interessante seja descobrir as questões não relacionadas a guerra, de cunho mais íntimo e pessoal, dando uma certa profundidade a alguns personagens. Foram essas pequenas revelações e destaque de alguns personagens, que abrilhantaram a história. Ainda assim a trama consegue se desenvolver bem, não decepciona e não há nenhum gancho desesperador no final, como havia em seu antecessor. O que já deixará os fãs mais calmos, pois agora, o quinto e último livro só daqui a um ano. Ao menos, já foi revelado qual será o título, “The Blood of Olympus”. Ansiosos?
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