C6 Fest – Samara Joy esbanja simpatia, talento vocal e bom português

O segundo dia do C6 Fest no Rio de Janeiro na sexta-feira (19) teve o jazz e o soul dando o tom. Foi como se o velho e bom Free Jazz (que era gerenciado por alguns dos criadores do C6) tivesse voltado. E o Vivo Rio foi erguido justamente ali onde o antigo festival ocorreu nas últimas seis edições (1996 a 2001).

A noite foi aberta por Domi & JD Beck. O duo jazzístico formado pela pianista e tecladista francesa Domi Louna e pelo baterista americano JD Beck iniciou suas atividades em 2018 e já tem no currículo nomes como Thundercat, Anderson .Paak, , Ariana Grande e Bruno Mars. O show esbanjaram talento e pleno domínio dos instrumentos impressionando o público que ainda estava chegando no local .

Domi & JD – Foto: Filmart Media

Na sequência subiu ao palco a americana, nova-iorquina do Brooklyn, Samara Joy. A cantora de apenas 23 anos, que já angariou um respeitável séquito de fãs, contou também com a presença dos que pretendiam conhecer o trabalho da eleita a cantora revelação e melhor voz de jazz no Grammy deste ano. E as expectativas foram correspondidas.

Abriu o show, todo de covers, com ‘This is the Moment’ e em um português muito bem treinado declarou que ama o Brasil e estava muito feliz de estar aqui. Modesta, pediu desculpas pelo português e foi a deixa para sua versão de ‘Chega de Saudade’, de João Gilberto, que arrancou aplausos efusivos da plateia ao final.

Damara Joy – Foto: Filmart Media

O talento vocal da cantora também pôde ser conferido em sua forma mais intensa tanto no blues ‘If You Don’t Like My Peaches (Then Don’t Shake My Tree)’ quanto na faixa-título de seu último álbum, de 2022, ‘Linger Awhile’, e no belo cover de Stevie Wonder ‘Lately’. Mas o ponto alto mesmo foi a versão, mais uma vez em ótimo português, de ‘Flor De Lis’, de Djavan, que fez o público do Vivo Rio cantar alto.

Além da voz incrível, Samara Joy esbanja simpatia todo o tempo. A banda que a acompanha, um trio de piano, contrabaixo e bateria, é competentíssimo, garantindo a base ideal para o jazz informal, sem perder a excelência técnica. Foi a estreia da cantora no Brasil, mas pelo que se viu tanto por parte da plateia, quanto da própria, haverá muitas outras.

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