A banda Playmoboys vai ainda mais fundo em sua jornada nostálgica com o clipe e single “Anos Perdidos”. O grupo celebrou 10 anos de trajetória com a coletânea “Todos cresceram mas ainda sou o mesmo”, lançada no final de 2018 pelo selo Caravela. Agora, recria a faixa presente no disco com uma levada iê-iê-iê, mesclada aos timbres do indie contemporâneo que se tornaram presença marcante na sonoridade da banda. O single chega aos serviços de streaming e também como um clipe, disponível no YouTube.
No vídeo, a música gravada por Conrado Muylaert na guitarra, baixo, vocal e produção musical e Bernardo Arenari na bateria ganha companhias ilustres. Além de Muylaert, que também dirige o clipe, e de Arenari, agora no violão, o registro conta ainda com Thiago Corrêa (guitarra), Leo Nominato (baixo), Bernardo Arenari (violão) e Leandro Barreto (bateria). A atriz e modelo Juliana Ribeiro também entra em cena. Todos no palco do Teatro Trianon, em Campos dos Goytacazes, cidade natal da Playmoboys, e com filmagem e edição de Lucian Antunes.
Com “Anos Perdidos”, a banda fecha um ciclo importante. “Estamos encerrando uma época de vida e de músicas que sempre se misturavam com a banda, que sempre foram a trilha sonora das nossas aventuras pessoais. É o segundo single do álbum de 10 anos, mas decidimos regravar e fazer uma nova versão da música, diferente da que consta na coletânea, pois queríamos colocar timbres que usamos atualmente nessa canção do nosso início”, revela Conrado.
O cenário do clipe vem cheio de significados. O Trianon faz parte da história da Playmoboys, onde seus integrantes estiveram muitas vezes como plateia. Dessa vez, subiram ao palco e tiveram um reencontro com a modelo e blogueira Juliana Ribeiro, que já havia participado do clipe “Ilusão a Dois”, o que ajudou a trazer um novo público para a banda. Nessa década de história, a Playmoboys lançou três álbuns, vários singles e acumulou turnês internacionais, chegando a ser apadrinhada pelo The Libertines, cujos músicos são parceiros em algumas passagens pelo Reino Unido.
“Anos Perdidos” está ainda no início da história do grupo. Desde sua composição, há 10 anos, o intuito era buscar referências sessentistas. Esse conceito também guiou o roteiro do clipe. “Daí a ideia dos ternos, como as bandas da época. Porém, queríamos também mostrar um pouco do sentimento de uma banda de muitos anos, que vive essa rotina de sucessos e fracassos. Por isso, quis o teatro vazio, simbolizando momentos da nossa carreira, das muitas vezes de busca fracassada de público e, por outro lado, do valor que aprendemos a dar a pequenas conquistas, representada pela aparição de uma só fã, o que já bastou para contagiar toda a banda”, explica Muylaert.