Jefté lança disco com participações de Rico Dalasam e Mel Duarte

Foto: Ayá Cavalcanti

Foto: Ayá Cavalcanti

Jefté lança o seu disco intitulado “Poeta do Caos”. O trabalho reflete as experiências e emoções vividas pelo cantautor durante um período conturbado, marcado pela pandemia e um divórcio. Esse cenário e todos os seus atravessamentos influenciaram diretamente a criação de suas músicas, que abordam temas como ansiedade, caos, reorganização da vida pessoal e novos sentimentos. É assim que, faixa a faixa, Jefté vai desde a solidão e tristeza até a aceitação e reencontro consigo mesmo.

Poeta do Caos | Jefté (Disco Full)

Depois de se mudar para o centro da capital paulista, Jefté absorveu a energia da cidade, o que refletiu intensamente em suas composições. Seu processo criativo foi marcado pela busca da beleza na desordem, resultando em um disco que transita entre a desgraça e a redenção.

“Me vi ali sentado na Praça Roosevelt, no centro de SP, rodeado de gente, mas sem minha própria companhia. Estava a pagar os meus pecados, e a culpa me atravessava. Aquele caos que era só meu e, ali, a música e a poesia me salvaram”, diz Jefté.

A sonoridade do álbum apresenta uma fusão única das raízes nordestinas de Jefté com elementos modernos de beats, rap urbano, spoken word e música popular brasileira.

O projeto abre com a faixa-título, onde Jefté explora o conceito de caos que se personifica nele. Em seguida, “arrudeio” une influências do nordeste, com batidas dançantes, além de elementos sertanistas. “Dança”, composta durante a pandemia, traz uma mensagem de esperança; “Fevereiro” aborda amores de carnaval que se desfazem, com um beat de funk e guitarra. “Faz Doer”, com a participação de Mel Duarte, é um bolero que retrata um amor doloroso, com poema e vocais vintages que arrebatam. “Efeito Borboleta” é uma faixa co-criada com Rico Dalasam, verborrágica, com influência na cena do rap, e tem uma roupagem moderna com beat e texturas que levarão os ouvintes a lembrarem de conceitos usados nas obras de Kendrick Lamar, explorando as ações cotidianas e suas consequências. “Ambulante de Capricórnio” é um monólogo poético que se tornou viral nas redes sociais. “Benedito” é um xote comovente, onde o artista conta a história de um sabiá que o visitou durante a pandemia. E, para fechar o conceito do disco, a faixa “Par Imperfeito” trata da desilusão e do fim de expectativas românticas.

A produção e direção artística do álbum ficaram por conta de Lucas Cirillo, que também é compositor da faixa “Efeito Borboleta”. A coprodução é assinada por Gabriel Iglesias, Samuel Silva, Yuri Costa e também pelo próprio artista, que foi o elo que uniu todas essas peças para criar uma obra impactante.

“O caos carrega em gestação uma nova ordem. É paradoxal, mas Caos e Paz, apesar de serem antagônicos, andam de mãos dadas. Definitivamente, é um disco que fala de esperança e recomeço”, completa Jefté.

O lançamento do disco é acompanhado pelo videoclipe da faixa homônima, dirigido por Anderson Xavier. Filmado no centro de São Paulo, o clipe funciona como uma espécie de trailer e captura a essência caótica da cidade, enquanto Jefté declama seu poema em meio aos prédios e ao trânsito, trazendo referências nordestinas para o cenário urbano.

Poeta do Caos | Jefté
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