Marina and the Diamonds: promessa de ser pop

Uma garota com “aquela voz” cantando e fazendo pop. Essa é a primeira descrição gritante quando ouvimos Marina and the Diamonds em seu primeiro álbum, The Family Jewels.

Marina Diaminds é a grego-britânica dona da voz cheia de ressonâncias e obtusas notas por trás das canções escritas por ela mesma. Mesmo seu sobrenome grego literalmente aludindo a diamantes, os “Diamonds” referidos na fachada do pseudonimo da cantora se direciona para seus fãs, como ela escreve em seu MySpace: “I’m Marina. You are the Diamonds” (Eu sou Marina e vocês meus diamantes).

EPs


Antes de seu primeiro álbum de estúdio, Marina lançou dois EPs (Mermaid Vs. Sailor EP e The Crown Jewels EP), contendo algumas de seus singles posteriores como I am Not Robot e ainda a notável Seventeen, sobre um casal na crise dos 17 anos. De forma geral, as musicas dos primeiros EPs, especialmente o Mermaid, são arrajos experimentais. Há também o EP The American Jewels, mas este é preenchido com alguns singles do seu primeiro album.

The Family Jewels

A equipe notável por trás de seu álbum e singles são os produtores Liam Howe (Shampain, Girls, Mowgli’s Road , Obsessions), o mixador Starmith (Hollywood) , Greg Kurstin (Oh!No) – que já tracalhou com Minogue, Donna Summer e Britney e a própria Marina.

O álbum de estúdio está cheio de ótimos arranjos; trabalha com doses características de piano e instrumentos ditos clássicos – violino e outros de cordas; sintetizadores, estilística experimental e as letras de sua músicas, como mencionado, são de autoria própria. Tudo feito com exigentes notáveis dotes vocálicos. Do disco destaca-se:

Shampain: A musica alcança tons épicos de disco music com batidas moderadas em uma última alegria antes de conseguir dormir bebendo champagne para amenizar dores de coração partido.

I AM Not Robot: Marina usa seus angulares e ecoantes alcances vocálicos para falar de reconhecer e pedir ajuda.

Girls: experimental e riffs rock dão impetuosidade e descaso ao comportamento de garotas.

Mowgli’s Road: aqui vemos uma Bjork menos doce; toques experimentais, alternância e arranhões na voz e um marcavel “cuco” na canção sobre acordar e enfrentar uma louca estrada bifurcada – detalhe para a estranheza islandesa do videoclipe da canção.

Obsessions: trata-se de manias obsessivas na rotina e nas paixões – a cantora admitiu ter TOC com dias da semana e notas musicais -; sonoridade calma e progressiva remetente a uma rotina.

Hollywood: mixagens, bateria e piano cantam a história de dificuldades para realizar um sonho de obter fama intimizando a própria Diaminds.

Oh No!: é o máximo da decisão final e geral do álbum: um álbum pop. O produtor de grandes nomes do pop, Greg Kurstin, configura toda uma garota new wave em uma promessa de ser apenas pop com um algo a mais – que com certeza nota-se.

Seu álbum e imagem são graficamente exuberantes pelo uso da estilística dos quadrinhos. Encartes e balões da pop art de pais como Roy Lichtenstein e Andy Warhol, pintam esta ecoante promessa da musica pop.

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