Natural de Barcarena, no Pará, e radicado no bairro de Santa Cruz, extrema Zona Oeste do Rio de Janeiro, o cantor e compositor Gil Móia faz uma música que busca uma ponte entre a natureza da Amazônia e as paisagens do subúrbio. Prestes a lançar seu EP de estreia, ele revela o single “Areia” pelo novo selo Diáspora. A produção musical é de Hugo Noguchi e a faixa está em todas as plataformas de música digital e como lyric video.
“A música me veio de maneira muito intuitiva, em uma tarde iluminada. Bastaram os primeiros acordes pra música aparecer pronta, sem ajustes em nenhuma estrofe, como se eu fosse um canal para que ela se manifestasse, no momento exato”, conta Móia.
O artista mistura influências de nomes do cancioneiro paraense, tanto da MPB, como Nilson Chaves, quanto do flashbrega, como Ted Max e de fora de sua terra, como João Gilberto e Lupicínio Rodrigues, em um caldeirão que bebe da sonoridade do indie e do rock. Nas temáticas, ele une antigos causos de sua bisavó, saudades de sua terra natal e os desafios de sua atual estadia no Rio
“Venho de uma região que há muitos rios, cais, praias… Minha bisavó me contava muitas histórias, nenhuma exatamente como na música, mas histórias do cais, lendas e folclores da região amazônica. Minha maneira de guardar nossas conversas é compondo. Ela me preencheu de conteúdo pra pelo menos uns 10 discos de contos. Espero poder por isso pra frente, junto com curtas, romances, desenhos”, revela o artista.
O lançamento é uma aposta do novo selo Diáspora, projeto iniciado por Hugo Noguchi que pretende dar visibilidade para que artistas racializados se insiram de modo profissional no mercado musical, buscando descendentes das diásporas africana e asiática, bem como das internas brasileiras. “Areia” está disponível em todas as plataformas de streaming musical.
Confira:
Comente!