Os corpos se chocavam e se tornavam um no palco na peça “Enquanto você voava, eu criava raízes”, da histórica companhia franco-brasileira Cia. Dos à Deux, dos atores Artur Luanda Ribeiro e André Curti. Na sua trilha, que funciona como uma obra de própria autoralidade, Federico Puppi conversa com o ouvinte através das notas, trazendo em camadas sonoras as dimensões do céu e do chão presentes no nome do disco.
Italiano radicado no Brasil, Puppi é um artista inquieto que vem construindo uma obra multiplataforma. Em carreira solo, lançou os álbuns solo “Canto da Madeira”, “Marinheiro de Terra Firme” e “Crisalide – Songs for Metamorphosis”, além da trilha sonora da peça “Em Nome da Mãe”. Esta última ganhou múltiplos prêmios APTR neste ano, incluindo melhor espetáculo, atriz (Suzana Nascimento), Direção (Miwa Yanagizawa) e música, destacando o trabalho do violoncelista.
Como produtor, trabalhou ao lado de Maria Gadú no disco laureado “Guelã”, indicado ao Grammy Latino, entre outros nomes da cena brasileira. Recentemente ele também se dedicou ao duo YAMÍ com Marco Lobo, com quem lançou um álbum homônimo.
Em cartaz com a peça “Ficções”, de Rodrigo Portella, onde divide o palco com Vera Holtz, Puppi teve seu cello incluso em 28 projetos desde 2015. São peças, filmes, séries, novelas e até um desfile na SPFW. Um dos destaques foi seu trabalho como violoncelista no remake da novela “Pantanal”, da Rede Globo.
Agora, indo na contracorrente da peça “Enquanto você voava, eu criava raízes”, o músico italiano voa alto enquanto suas conexões com o Brasil crescem e florescem. Seu novo álbum e toda sua obra podem ser conferidas nas plataformas de streaming.