Rodolfo Abrantes apresenta seu novo EP gravado ao vivo no Teatro Ademir Rosa, em Santa Catarina. Com produção musical de Rafael Pfleger e arranjos de Thiago Gonçalves, o projeto conta com as participações de Victor Pradella, Arele e a Orquestra Sinfônica de Santa Catarina (OSSC), sob a regência do maestro José Nilo Valle.
– Nunca tinha chegado tão perto de uma orquestra; Era uma daquelas coisas que a gente assiste, mas era algo tão distante da minha realidade que foi algo super novo para mim. Eles encontraram meu contato e fiquei extasiado quando recebi o convite. Eu estava sonhando com música e em com voltar a fazer turnê no início do ano, essas coisas, mas não esperava participar de algo desse gênero, né, como orquestra sinfônica, foi um desafio pra mim, eu tive que ter uma certa ousadia, né, porque, enfim, eu conheço minhas limitações e, cara, tocar como orquestra é um nível de excelência que eu nunca tinha chegado, foi muito enriquecedor pra mim – revela Rodolfo.
O repertório reúne “Isaías 9”, “Escondido em Mim”, “Até que a Casa Esteja Cheia”, “O Dia Que Será Pra Sempre” e a mais recente “Onde o Mel é Mais Doce”.
– A escolha do repertório foi difícil e fácil ao mesmo tempo. Tem muita música que eu gostaria de ter colocado, mas eu tinha dentro de mim uma mescla de músicas novas com mais antigas e algumas que eu julgava serem mais ricas para se encaixar melhor num arranjo de sinfônica. A plateia foi incrível e tinha um misto de pessoas que já seguem a Sinfônica, que gostam do trabalho deles e que vão aos espetáculos e um povo que gosta da minha música. A galera se levantava e começava a adorar a Deus bem alto. Alguns músicos da orquestra chegaram a se emocionar e falaram comigo que nunca tinham experimentado um negócio desse. Quando a gente misturou a música clássica, que tem essa coisa de nobreza, com adoração foi uma mistura explosiva – testemunha o artista.
Apesar das três décadas de estrada, Rodolfo Abrantes afirma que o friozinho na barriga ainda continua a cada nova apresentação.
– O frio na barriga é a única coisa que faz você se sentir vivo nessas horas, mas não é uma coisa de nervoso, é simplesmente uma coisa mais da emoção do momento. Durante os ensaios eu vi a excelência dos músicos e comecei a me sentir confortável com o formato. Eu percebi que tinha que dar atenção exatamente para a minha performance vocal e conseguir cantar direito as músicas. Ficar cantando diante de uma orquestra sinfônica para um público sentado que está apreciando uma boa música foi algo novo e, ao final do espetáculo, estava todo mundo com sorriso na cara e muito satisfeito, inclusive eu – comemora.