ZZ Top mostra como se faz

Eles são barbudos, estilosos, gostam de carros, mulheres e música. Nunca tinham vindo ao Brasil, e quando vieram mostraram porque são uma das mais icônicas bandas de todos os tempos. Após 41 anos de carreira, sem nunca ter pisado em território nacional, o ZZ Top desembarcou com direito a todos os hits da banda e seu já tradicional estilo de rock e blues que os marcou em todos estes anos.

Para quem esteve no Via Funchal em São Paulo na quinta (20) e sexta (21), o show foi uma performance perfeitamente coreografada com direito a passos ensaiados, duelo de riffs e uma conversa em português com duas modelos que entregou a Billy Gibbons “seu chapéu de tocar blues”. Some-se a isso um show sem pirotecnia, apenas com um telão passando imagens de clipes, ferramentas e fotos da banda durante o bis, e temos um show oncd o que mandou foi apenas a qualidade sonora apresentada. E que fantástica qualidade foi demonstrada.

O ZZ Top, composto pelo guitarrista Billy Gibbons, o baixista Dusty Hill e o baterista Frank Beard começou o show com “Got Me Under Pressure”, “Waitin’ For The Bus” e “Jesus Just Left Chicago”, passando logo em seguida para “Pincushion”. O interessante das músicas da banda é que basicamente eles querem falar sobre o que eles gostam e suas experiências com isso, sejam mulheres obsessivas, carros velozes ou guitarras cheias de potência.

Engana-se quem acha que Gibbons toma para si todas as atenções. Diversas músicas da banda são cantadas por Dusty Hill e Frank Beard simplesmente  segura todo o ritmo das músicas com sua bateria que imitava um Hot Rod com direito a calotas giratórias nos bumbos e pedestais em forma se suspensão.

Os fãs fizeram a sua parte e acompanhavam a banda, cantando em uníssono com os sucessos e se divertindo (em alguns momentos mais do que o esperado) enquanto houvesse música. Conforme o show se aproximava do fim, já havia ocorrido uma homenagem à Jimmy Hendrix com direito a imagens do ídolo no telão ao som de “Hey Joe”, mas nada das músicas mais famosas. Foi então que elas vieram de uma só vez.

Em sequência foram “Just Got Paid”, “Gimme All Your Lovin'”, “Sharp Dressed Man” e “Legs”, aquela do clipe com as guitarras de pelúcia, que eles usaram só para lembrar os fãs de que eles são icônicos. Não precisava. Após, eles sairam e podia-se aguardar o previsto bis com “Viva Las Vegas”, “La Grange” e, para fechar, “Tush”. Neste momento, um fã mais ardoroso e alcoolizado subiu ao palco e tentou abraçar Gibbons, que manteve-se tocando com uma mão enquanto o segurança tirava o fã do ambiente.

Após isso, bastou deixar o local com a certeza de que aqueles que estiveram no Via Funchal foram testemunhas de um show totalmente ímpar, que possivelmente vai demorar para se repetir no país.

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