Com idealização e coordenação artística de Dominique Arantes e Rúbia Rodrigues, o espetáculo Isso Vai Funcionar de Alguma Forma é uma criação artística múltipla a partir do encontro de 16 artistas de diferentes linguagens. Com a proposta de refletir sobre a construção cultural a partir da característica que une todas as envolvidas na criação: pertencer socialmente ao gênero mulher – compreendendo a diversidade que este termo envolve, da existência à resistência. A estreia para convidados será no dia 8 de março, no Oi Futuro. O público poderá assistir a partir do dia 9, de quinta a domingo, às 20h, até 29 de abril.
Isso Vai Funcionar de Alguma Forma é o encontro artístico de cinco atrizes (sendo uma também dramaturga), quatro diretoras, quatro dramaturgas, uma figurinista, uma cenógrafa, uma diretora de trilha sonora e uma iluminadora. “Fala, escuta, silêncio, silenciamento, corpo, voz, medo, liberdade, crise, gozo, alteridade e, acima de tudo, sororidade são trazidos à cena em tom performativo”, define Rúbia, idealizadora e diretora do espetáculo.
A partir de uma carta-convite escrita por Dominique e Rúbia sobre as questões que envolvem o feminino na atualidade, as artistas tiveram o primeiro contato com o projeto. Daniele Ávila Small, Dominique Arantes, Keli Freitas e Renata Mizrahi assinam a dramaturgia. Individualmente, iniciaram a escrita que foi compartilhada posteriormente com diretoras e atrizes.
Divididas em quatro núcleos de trabalho, elas começaram a construir as cenas que, em seguida, foram costuradas sob olhar e diálogo das quatro diretoras, Cristina Moura, Denise Stutz, Inez Viana e Rúbia Rodrigues.
A escrita múltipla também contou com vivências e percepções das atrizes Amanda Mirásci, Larissa Siqueira, Mariana Nunes e Vilma Melo. Dominique Arantes, idealizadora e dramaturga, também está em cena. “Minha proposição dramatúrgica é resultado de reflexões sobre questões que têm nos atravessado como cidadãs, junto à vivência em sala de ensaio. Movimento plantar nasce do encontro com todas”, conta Dominique.
“É um belo desafio para as atrizes. Não só por se tratar de tema tão à flor da pele e pelo qual cada uma tem uma vivência. Mas também por se tratarem de diferentes diretoras e linguagens e possibilidades cênicas”, destaca a diretora Cristina Moura.
Para Denise Stutz, que também assina a direção, a colaboração, o diálogo e a troca de experiências foram essenciais para a concepção do espetáculo. “O projeto me deu espaço para dialogar com mulheres de diferentes gerações sobre o tornar-se mulher agora nesse momento tão duro em que o país atravessa”, conclui. Inez Viana destaca que a criação foi sobre a escuta e o olhar para o outro. “Acho o processo bastante generoso e democrático nesse sentido. Sobretudo, admiro demais todas as diretoras”.
Para reunir tantas artistas e trabalhar em conjunto com cada uma, e com todas ao mesmo tempo, a escuta aguçada foi crucial para Rúbia. “A justaposição, no lugar da sobreposição, é a potência criativa para um trabalho como esse de escritura múltipla. Os desejos precisam ser suportes, e não fonte de disputas. A peça, em sua escritura, pressupõe o nós”, conclui. “Quando se propõe um projeto que prevê tantos encontros, é preciso ter desapego”, conta Dominique. “Saber somar o seu olhar ao olhar do outro. E isso é o que eu acho mais bonito nessa experiência. É um percurso de construção, desconstrução e reconstrução”.
Quando se fala no gênero feminino, há uma multiplicidade de formas de existências. Para Dominique “somos muitas, com tantas histórias, trajetórias, corpos e etnias diferentes. São lutas diversas, que ora estão nos pontos de interseção, ora as diferenças se acentuam”. Ela considera “importante toda essa costura de lutas, de tentativas de transição de uma cultura machista-patriarcal-racista-classista para uma forma de sociedade mais justa e igualitária. E a mulher tem participado de uma forma ativa nessa transição”.
FICHA TÉCNICA
Idealização e Coordenação artística: Dominique Arantes e Rúbia Rodrigues – Grupo BARKA
A partir das dramaturgias: “Licença” de Renata Mizhari; “Movimento Plantar” de Dominique Arantes; “Silência” de Keli Freitas e “Você tem medo de quê?/Não pode” de Daniele Ávila Small
Direção Cristina Moura, Denise Stutz, Inez Viana e Rúbia Rodrigues
Elenco: Amanda Mirásci, Dominique Arantes, Mariana Nunes, Larissa Siqueira e Vilma Melo
Direção de trilha sonora: Letícia Novaes
Iluminação: Daniela Sanchez
Figurino: Luiza Fardin
Cenografia: Mina Quental – Ateliê na Gloria
Assistente de Figurino: Julie Mateus
Assistente de cenografia: Ana Clara Albuquerque
Assistente de fotografia: Daniela Paoliello
Direção de Palco: Ana Paula Gomes e Mariah Valerias
Operação e técnico de Luz: Rodrigo Lopes
Operação de Som: Camila Costa
Cenotécnico: André Salles
Tradução em libras: JDL Traduções
Programação Visual: Elisa Riemer
Fotos e registros videográficos: Elisa Mendes
Assessoria de Imprensa: Bianca Senna – Astrolábio Comunicação
Mídias Sociais: Rafael Teixeira
Direção de Produção: Davi de Carvalho – Travessia Produções.
Produção executiva: Ártemis Amarantha, Jefferson Almeida e Tamires Nascimento – Tem Dendê! Produções
Assistente de Produção: Lucas Lins
Coordenação Administrativa: Davi de Carvalho
Assessoria Contábil: Jorge Chenkel – CVR Contabilidade
Assessoria Jurídica: Colen Advogados e Assistentes
Patrocínio: OI, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Lei de Incentivo à Cultura
Produção: Travessia Produções
Realização: Grupo Barka e Travessia Produções
Apoio Cultural: Oi Futuro
SERVIÇO Espetáculo: Isso Vai Funcionar de Alguma Forma Estreia para convidados: 8 de março de 2018 Temporada: 9 de março a 29 de abril de 2018 Local: Oi Futuro (R. Dois de Dezembro, 63 – Flamengo) Informações: (21) 3131-3060 Dias e horários: quinta a domingo, às 20h. Capacidade: 62 lugares Duração: 70 minutos Classificação indicativa: 16 anos Gênero: Drama Ingressos: R$15 (meia) e R$30 (inteira) Horários da bilheteria: De terça a sexta, das 14h às 20h. Sábados, domingos e feriados, das 13h às 20h Ingressos à venda: www.ticketplanet.com.br ou pelo telefone 2576-0300. |
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