A poesia brasileira na contemporaneidade verte de muitas formas e facetas: poema-grafite, poema-performance, poema em prosa¸ poema de formação, etc., de forma que a poesia se dê em múltiplos hibridismos. A poesia descreve a imaginação do autor, na qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos e críticos, transformada em arte. Precisamos conhecer mais os nossos poetas contemporâneos e assim fazemos trazendo um pouco de Entre Aokigahara e o Éden da Alma, primeiro livro de Paulo Miquéias.
O próprio autor diz que “escrever poesias representa minha própria vida. É como expresso e posiciono todos os meus pensamentos, forma de amar e sentir a dor do próximo” — esse foi um talento natural que descobriu durante sua adolescência, com a necessidade de exteriorizar tudo aquilo que existia dentro da sua alma.
O pernambucano já participou da antologia Poesia Também Contagia, e atualmente dedica-se à trilogia poética “(Sobre)Viver no Interno”, cujo primeiro livro será intitulado Entre Aokigahara e o Éden da Alma, tudo publicado pela editora Ser Poeta. Sua obra é totalmente voltada para questões internas, existenciais, filosóficas, sobre a vida, angústias da mente e da alma, sendo, portanto, reflexo da necessidade do autor de expor aquilo que angustia seu eu interior, contando como é sobreviver dentro de si mesmo.
Um livro que traz a reflexão sobre o nome de uma floresta no Japão chamada Aokigahara, também conhecida como “Floresta do Suicídio”, e o “Éden”, jardim onde, no ensinamento Cristão, acredita-se que Deus visitava Adão e Eva. “Mensagem na qual ambos os lugares habitam em minha mente e preciso conviver com eles todos os dias – angústia, alegria, tristeza, sorriso, depressão, amor pela vida”, explica o poeta, que pretende atingir a percepção do leitor sobre todas as questões voltadas à vida, à mente e às dores do mundo, desejando que o leitor reencontre o caminho para se amar, acreditando no próprio sorriso.
Paulo Miquéias, em seu atual trabalho, realmente apresenta uma verdadeira luta contra a depressão, a bipolaridade, a esquizofrenia e todos os males da mente e da alma, por não suportar ver o sofrimento humano. Um livro para deixar seus fiéis seguidores ansiosos por essa obra-prima, aguçando a curiosidade dos leitores. Agora, só nos resta saborear minuciosamente cada detalhe dessa magnifica trilogia e de muitos livros que virão, pois a meta literária da Coruja Autora é escrever até onde a vida lhe permitir…
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