Publicado na internet, devido à censura do governo chinês, Deixe-me em paz (Geração Editorial, 320 pp., R$ 44,90 e-book R$ 24,90 – Trad. Karla Lima) conquistou milhões de jovens, estendendo-se à Europa e à América do Norte.
A história se passa em Chengdu, a quinta metrópole mais populosa da China moderna. Nessa cidade de contrastes vive Chen Zong, um gerente de vendas ambicioso que passa por uma crise: a mulher que ama está prestes a deixá-lo; na empresa há uma conspiração para arruiná-lo; e uma dívida alta ameaça levá-lo para a prisão. Para salvar-se, ele arma um plano para virar o jogo e, de quebra, ganhar muito dinheiro. Sabotagem, escândalos sexuais, corrupção e realidade estão reunidos nessa saga picante de um decadente.
Todos querem saber, afinal, que história é essa, e quem é Murong Xuecun, o desbocado e cultuado escritor elevado ao patamar de salvador intelectual de sua geração.
Pseudônimo de Qun Hao, ficou famoso por suas postagens no Weibo, um servidor para microblogging como o twitter. Seus comentários cibernéticos são críticas bem ácidas, para não dizer incendiárias, da política empreendida pelo Partido Comunista, que já censurou várias vezes, tendo sua conta fechada sete vezes. Passou a escrever num blog, à medida que escreve seus romances, posta na internet, capítulo por capítulo, sob diferentes pseudónimos. Quando o livro está concluído, assina contrato com uma editora. As edições impressas, censuradas, rendem dinheiro, mas as versões da internet são mais completas. Autocensurou-se preocupado com os amigos que trabalham nas editoras.
O autor participou no Brasil da II Bienal Brasil do Livro e Leitura de Brasília, debatendo A literatura que vem do oriente ao lado de Kin Young-Há, da Coreida do Sul e do lançamento de seu livro.
FONTE: Publisherweek
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