Justiça manda despejar Livraria Cultura do Conjunto Nacional

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A icônica loja da Livraria Cultura, localizada no prédio do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo, teve sua sede desocupada pela Justiça de São Paulo.

A ordem foi dada pela juíza Luciana Alves de Oliveira em ação movida pela Bombonieres Ribeirão Preto, proprietária do antigo Cine Astor, onde a livraria foi instalada em 2007¹. A juíza deu prazo de 15 dias para que o despejo ocorra e disse que, caso não ocorra voluntariamente, poderá autorizar a entrada forçada com uso de força policial.

A Livraria Cultura está em crise desde 2018 e teve sua falência decretada no primeiro semestre deste ano. No entanto, a empresa conseguiu suspender a decisão no Superior Tribunal de Justiça e reabriu sua loja no Conjunto Nacional no dia 6 de julho. A juíza afirmou que a liminar do STJ não impede o despejo do imóvel, que foi decretado por falta de pagamento do aluguel.

A Cultura recorreu ao Tribunal de Justiça para tentar impedir o despejo. A empresa argumenta que, apesar das dificuldades econômicas, continua sendo “uma empresa viável do ponto de vista econômico e social, empregando um número significativo de funcionários distribuídos entre lojas localizadas em São Paulo e Porto Alegre, atendendo uma média de 300 mil consumidores por mês”.

A Livraria Cultura revelou que realizado todos os esforços possíveis para cumprir os pagamentos e que a ordem de despejo foi proferida sem saber explicar os seus motivos. Declarou que a ordem de despejo afeta não apenas seus funcionários e parceiros comerciais, mas também a cidade de São Paulo, que é “desapropriada de uma livraria histórica”.

Fonte: UOL

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