Por que alinhar lado a lado escritores a princípio tão distintos quanto Apollinaire, Lampedusa, Nabokov, Laclos, Stendhal, Blanchot e André Breton? Como reunir parentescos entre nomes tão distantes um do outro quanto Georges Bataille e Henry James? Em que ponto se reúnem as obras do devasso Marquês de Sade e da altiva Sóror Juana Inés de la Cruz? O sentido destas perguntas está no texto de Perversos, amantes e outros trágicos (216 páginas, R$42,00) da professora e crítica Eliane Robert de Moraes, em lançamento da Iluminuras.
Estudiosa do erotismo literário Moraes interroga um grupo heterogêneo de autores, cujos escritos traduzem um obstinado desejo de fugir às rotas habituais do pensamento. E o fio condutor desta investigação está na ideia de que o erro, o desvio e o risco são importantes figuras de construção. Uma leitura intensiva que respeita o tempo forte das “perversões” literárias, a confirmar a ideia de “desvio” que a ensaísta identifica como traço principal da sua coletânea.
E o lançamento do livro é dia 19 de março, das 18:30 às 21:30 na Livraria da Vila – Fradique, R. Fradique Coutinho, 915, Vila Madalena, estacionamento conveniado no nº 983 da Rua Fradique Coutinho e conheçam a fina leitura e a interpretação original da autora.
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