Sci-fi ‘Estação Perdida’ enfim ganha versão brasileira

O britânico China Mieville é um dos principais nomes da ficção científica/fantasia da atualidade. Premiado escritor da chamada weird fiction, onde se mistura o sobrenatural, o misticismo e a ciência, Mieville está renovando a literatura fantástica com seu estilo único, influenciado por HP Lovecraft, Michael Moorcock, Ursula Le Guin, entre outros, mas pondera em suas narrativas e cenários referências de Dungeons and Dragons, o famoso Role Playing Game (RPG).

E é o que encontramos em Perdido Street Station (Estação perdido, Trad. José Baltazar Pereira Júnior, com colaboração de Fábio Fernandes) onde encontramos referencias ao mecanismo de pontuação, experiência e financeiro do sistema de rpg.

Lançado pela Boitempo agora em julho/2016, temos uma cidade, Nova Crobuzon, no planeta Bas-Lag, uma cidade imaginária cuja semelhança com o real provoca uma assustadora intuição: a de que a verdadeira distopia seja o mundo em que vivemos. O livro, primeiro de uma trilogia que rendeu ao escritor os maiores prêmios do gênero, como o British Fantasy (2000) e o Arthur C. Clarke (2001), o leitor é transportado para um mundo habitado por diferentes espécies racionais, dotadas de habilidades físicas e mágicas, mas ao mesmo tempo preso a uma estrutura hierárquica bastante rígida e onde os donos do poder têm a última palavra.

São 608 páginas, é um romance complexo que desafia o leitor pela maneira  que é abordada sua fantasia épica, como queria explorá-lo.

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