No final da década de 1940, o poeta João Cabral de Melo Neto, durante o período que morou na Espanha, comprou uma prensa e alguns tipos gráficos, e montou a editora “O Livro Inconsútil”, que produziria livros de sua autoria e de algumas pessoas próximas a
ele. Recentemente, o mercado editorial brasileiro ganhou com o desenvolvimento de uma nova modalidade, uma lacuna aberta pelas grandes casas publicadoras e sua rede, preenchida por movimentos independentes que apresentam obras sem cunho comercial, mas com uma proposta mais simples e particular.
As editoras independentes polemizam pela independência e autonomia do mercado, usa e abusa de meios alternativos para produzir, editar, vender e distribuir seus produtos. E há trabalhos bem diferentes e legais, como esses que a PB editorial apresentou recentemente. A PB editorial foi fundada pelos cartunistas Paulo Batista e Floreal Andrade (Chiclete com Banana) e vem trazendo livretos e zines que abordam um pouco do cotidiano brasileiro atual. Segundo os dos cartunistas, o que eles desenham são personagens e histórias das coisas pequenas que acontecem todo dia e tem gente que nem vê.
Recentemente a editora independente lançou três obras: o livro Artefatos, um diálogo entre o desenho (poético) de Paulo Batista e a poesia (cheia de imagens cotidianas) do poeta baiano Ni Brisant; a coletânea de tirinhas Serenos e Cortantes do Paulo Batista, feitas para sensibilizar, como também pra provocar; e Os Grandes Feitos do Capitão Bosta, de Floreal Andrade, é um zine escatológico para representar o que tem de mais sarcasmo e humor frente a política de hoje.
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