Após a conclusão explosiva do arco “Hellfire Gala”, Noturno foi deixado para juntar os cacos na HQ “Uncanny Spider-Man #1”, se tornando um super-herói amigo da vizinhança fazer o bem na cidade de Nova York. Na HQ escrita por Si Spurrier e ilustrada por Lee Garbett, com cores de Matt Milla, ‘O Estranho Homem-Aranha’ é uma aventura no mínimo curiosa do X-Men.
Uncanny Spider-Man #1 começa com Kurt Wagner prendendo alguns capangas de rua, atraindo confusão e atenção com seu traje adjacente ao Aranha. Uma pequena crise quase se transforma em uma crise maior, com Sentinelas Stark-Tech perseguindo a cidade em busca de mutantes para matar ou deter. Kurt alcança o Homem-Aranha original, Peter Parker – que incentiva seu amigo a pensar no longo prazo enquanto lhe assegura seu lugar no mundo comendo uma fatia de pizza. Ainda perdido em seu próprio atoleiro existencial, Noturno retorna às ruas, mas descobre um rosto familiar improvável.
Spurrier apresenta uma excelente premissa que cria uma nova narrativa, explorando habilmente os princípios centrais do Noturno como personagem, algo que o autor segue fazendo com cuidado desde 2022. Não mais parte de um elenco, Noturno brilha como um protagonista solo. Uncanny Spider-Man #1 é uma estreia perfeita, definindo o escopo, os riscos e o tom da corrida com entusiasmo e eficiência. O diálogo é espirituoso, incisivo e habilmente construído, criando com autenticidade uma dinâmica entre Kurt Wagner e Peter Parker.
O autor se mostra hábil também ao encaixar a aventura na narrativa da saga Fall of X, adotando uma abordagem criativa que permite que Uncanny Spider-Man #1 pareça sua própria história individual, ao mesmo tempo em que interage a série maior. A arte de Uncanny Spider-Man #1 é igualmente emocionante, cheia de talento e textura. Garbett trabalha predominantemente com linhas grossas e ousadas que esculpem figuras decisivas na página. O design dos personagens é maravilhosamente expressivo e consistente, criando momentos distintos e interessantes. As cenas de luta também são excelentes, fazendo uso das habilidades mutantes de Noturno para criar movimento e impulso que conferem a ação uma sensação fluida. A arte da edição acerta também nas cores de Milla, que são consistentemente fortes para imbuir cada cenário com uma atmosfera distinta. Com uma paleta que mistura cores frias com neon, Milla cria alguns efeitos realmente impressionantes e realça a dimensão oculta do Homem-Aranha de Noturno de uma forma esteticamente nova.
Uncanny Spider-Man #1 é uma estreia notável que permite que Noturno ganhe os holofotes nos quadrinhos, uma adição muito necessária à tradição contínua de bons personagens desenvolvidos dentro do universo Mutante.
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