Sabe aquela série que você adora, o game que parece ter uma história boa e o livro que te fez imaginar cada narração como a cena de um filme?
Pois é, o desejo dos sedentos por uma leitura batuta, muitas vezes, acaba no pensamento “por quê isso não sai em quadrinhos?“. Só pra citar, uma recente empreitada no game Castlevania, que já ganhou sim uma pequena série escrita por Marc Andreyko, mas que nada leva da história dos games, a não ser o título, faz pensar: um game com uma história tão bacana da longa batalha dos Belmont contra a horda de vampiros por séculos afora poderia render ótimas histórias com projetos bem planejados e arestas bem aparadas. Por que não?
Ainda no mundo dos games é possível citar muitos exemplos de boas histórias, de ficção científica a espionagem e tantas outras modalidades da escrita, como Metroid e até Megaman – isso sem falar em personagens do gabarito de Fatal Fury (que possui excelentes longa metragens animados), Illusion of Gaia (um dos melhores RPGs pra Super Nintendo), Chrono Trigger (O RPG do Super Nintendo) e até, ora pois, Super Mario Bros., os irmãos italianos mais famosos do mundo que tiveram uma série de HQs publicada pela finada editora Valiant – em parceria com a também finada Nintendo Comics System – também responsável por divertidas páginas de Legend of Zelda, em 1990 e 1991 (materiais inéditos no Brasil).
O próprio Street Fighter ganhou uma ótima roupagem recentemente pela Udon Comics. Inéditas no Brasil, as séries publicadas pela editora são bastante simples, porém divertidas e capazes de entreter fãs do gênero na medida adequada – ao contrário dos quadrinhos que o game ganhou no Brasil em idos de década de 1990, com roteiros bem fracos.
Bernard Cornwell é responsável por contar a história da Inglaterra de uma forma que nenhum escritor jamais conseguiu, com uma narrativa certeira e de conteúdo muito bem pesquisado e criado. Particularmente, a vontade de ver o Arthur de Cornwell numa graphic novel bem desenvolvida é muito grande. Isso sem falar em tantos outras escritores. A Marvel acertou em cheio em trazer Stephen King, um fã confesso do Sandman de Neil Gaiman, para o mundo das HQs. Aos poucos mais e mais obras do mestre do terror são anunciadas pela Casa das Idéias como lançamentos, conseguindo puxar pra si um público mais seleto, porém muito fiel a esse tipo de produto.
Apesar da pequena fatia de mercado que este tipo de HQ comporta, é fato que seu público é fiel e gosta de adquirir mais e mais produtos ligados a ele. Partindo para o cinema, pode-se citar o maior exemplo deste tipo de quadrinhos – a Dark Horse Comics, que provoca o deleite de seus leitores com ótimas séries do universo expandido de Star Wars, Indiana Jones e muitas outras franquias. A Dynamite também traz, eventualmente, divertidíssimas histórias do rei do trash Ash Williams – aquele mesmo, do Evil Dead (inédito no Brasil).
Fica jogada no ar a idéia de boas HQs explorando universos de outros mídias pois, afinal, ninguém quer ter o desprazer de ler uma edição de World of Warcraft por mês (Wildstorm/Panini).
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