Revista MAD fecha as portas nos Estados Unidos

Publicada por 67 anos, a revista MAD está encerrando suas suas atividades nos Estados Unidos a partir da edição 9 da numeração atual, passando a ser disponibilizada até o final do ano somente para assinantes e lojas especializadas de quadrinhos.

A notícia fica ainda pior já que a próxima edição, número 10, será a última publicação com material inédito. As publicações que seguirem até o final do ano serão de material editado para atender os contratos de assinantes.

Mesmo com o fim da publicação, a DC Entertainment divulgou em suas redes que continuará reeditando o material através de livros e coleções especiais.

No Brasil, a revista MAD teve várias fases e já não era mais publicada desde 2016. O anuncio do fim da Mad nos Estados Unidos foi comentado pelo Ota, o maior editor da Mad Brasil ao longo da história do país, que sempre se mostra uma rica biblioteca cultural:

O FIM DE UMA ERA

Já estava sabendo desde ontem mas hoje virou a notícia mais bombástica da mídia. Após 67 anos, a Mad deixa de circular nos EUA. Serão publicados mais alguns números com reprises para atender exigências jurídicas (só para cumprir as assinaturas já pagas) .
A revista, que começou em 1952 sob a batuta do genial Harvey Kurtzman, estava capengando desde 2008 ou 2009 quando começou a crise americana (aqui era só uma marolinha).De um ano pra cá houve uma tentativa de zerar a numeração mas esta nova fase não passou do número 8 ou 9. Agora bateram o martelo para o cancelamento definitivo.
Será? Tudo acaba voltando mais cedo ou mais tarde. Mas voltar ao patamar de 1962 quando a circulação beirava 3 milhões de exemplares, nunca mais.
No Brasil a recordista foi a edição 20 da Vecchi (Tubarão na capa) cuja tiragem foi de 210 mil. Depois estabilizou-se em 150 mil. Quando esteve na mão da Record também voltou a este patamar na época do Plano Cruzado. Aos poucos foi caindo e parou em 2000 quando vendia 8 mil. Na editora seguinte, a Mythos, estava nessa faixa mas eles não me informavam os números. Soube que na Panini chegou a vender apenas 3 mil. Em 2016 deixou de sair, voltando um ou dois anos depois numa edição especial pra aproveitar o filme da Liga da Justiça.
Será mesmo o fim? Vamos ver. De repente algum milionário compra a revista e começa tudo de novo.

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