A Rio Comicon (de 09 a 14 de novembro) foi até agora o maior evento voltado para quadrinhos na cidade do Rio de Janeiro. Localizada na abandonada Estação Leopoldina, a convenção trouxe à cidade nomes nacionais e internacionais dos quadrinhos. Eram tantos nomes e figuras importantes que ficava meio difícil focar.
Zimbres em frente ao painel com seus trabalhos
Nomes como Laerte, Angeli, Mutarelli, Guazzelli e Zimbres personificavam a produção nacional da “velha guarda” (podemos chamar assim?). Os novos nomes ficam por conta de caras com seus 30 e poucos anos, e a criação de uma nova forma de fazer quadrinhos independentes. Tiago “Elcerdo” Lacerda, Daniel Lafayette, Stevz e Eduardo Arruda (da Revista Beleléu); Gabriel Goes, Lucas Gehre, Gabriel Mesquita (da Revista Samba), Diego Gerlach, Rafael Sica, Cyntia B., Evandro e Lyra. Em seu stand, nomeado de FODA e assinando milhares de revistas, estavam os quadrinistas de São Paulo Fábio Moon, Gabriel Bá, Rafael Grampá e Gustavo Duarte.
O stand “Quadrinhos Dependentes”
Além dos independentes, passaram por lá quadrinistas lançando seus novos livros, como André Dahmer e seu mais novo trabalho, Ninguém Muda Ninguém, obra que reúne poesias, fotos e desenhos. Quem estava lá também apresentando o teaser do seu livro era Chiquinha, com a obra Uma patada com carinho – histórias pesadas da elefoa cor-de-rosa (Leya/Barba Negra).
Lyra atacando o polvo gigante no stand da Barba Negra
Isso sem contar os nomes internacionais como Kevin O’Neill, Killofer, Melinda Gebbie e o grande homenageado Milo Manara.
Kevin O’Neill
Pensando bem, o termo nerd anda bem desatualizado quando nos referimos aos quadrinhos. Os autores são caras e minas modernas e ligadas em cultura pop e até filosofia. Dizem até que, por serem quadrinistas, vários fizeram sucesso entre as mulheres nos eventos Off Comicon. Será verdade?
Esse artigo foi originalmente publicado em Amanhã, eu te conto…
Gostei muito do evento. Fui na sexta pela turma "old school" (Angeli, Laerte & Ota)!
Foi um bom evento, com algumas falhas imperdoáveis, mas me pareceu mais um aquecimento para uma grande segunda edição. Espero que tudo ocorra bem e o evento volte em 2011.
Bom, eu acredito que o termo nerd tem mais a ver com a profunda paixão de alguns por uma seleção de coisas que estão situadas dentro de um nicho específico do que com o estigma social negativo que vinculado ao termo. Antigamente nerd era sinônimo de pessoa feia e antissocial, mas para mim isso já vem mudando há um tempo e principalmente agora que parece que ser nerd virou moda (pelo menos dentro de um grupo).
E pelo fato da Riocomicon ter sido um evento feito por apaixonados que deram a cara a tapa para fazer isso funcionar e ter enchido de fãs e pessoas do meio, que se divertiram, ficaram horas em filas para pegar autógrafos ou ver entrevistas e muitas vezes retornaram mais de uma vez mesmo com todos os problemas do evento, acredito que ela foi sim um evento de nerds, o que é não é algo negativo 🙂
Por fim, torço pelo retorno do evento em 2011!