A Marvel em 2016 se encontra celebrando vários aniversários e a Panini coordenando-se com a estreia de Capitão América: Guerra Civil, a terceira adaptação cinematográfica do Sentinela da Liberdade e com a seu septuagéssimo quinto aniversário vem sabendo responder com lançamentos importantes.
Além de ser o aniversário do Capitão América, também é o décimo aniversário de Civil War, um dos maiores eventos da Casa das Ideias, enquanto nos Estados Unidos estamos se preparando para uma segunda parte para este ano, a editora Panini aproveita a conjunção dos aniversários e o filme, para publicar recompilações sobre esta Guerra Civil super-heróica, com Mark Millar e Steve McNiven a frente do célebre evento.
Aproveitando assim a estreia para rever esse evento, vamos analisar esse importante momento da Marvel Comics. A editora começava a recuperar a conexão de seu universo, os acontecimentos Planeta X, Vingadores: A Queda e Dinastia M levaram os heróis, em especial os mutantes, a um patamar ímpar.
Mas ao dizimar a raça mutante e convertê-la numa pálida lembrança do que já fora, chegava o momento de levar os demais super-heróis para um momento crucial em sua história, algo bem parecido com o que foi mostrado em Dias de um Futuro Esquecido: a lei de registro mutante. Assim, planejou uma nova Lei: A Lei de Registro de Super-Humanos, que submeteria os heróis a revelar perante uma autoridade sua identidade, serem treinados no uso de seus poderes e submetê-los a um registro de responsabilidade, como os demais servidores da Lei fazem.
Sem dúvida, seria o pavio para separar os heróis em dois lados e tendo tantos personagens dentro do Universo Marvel se determinou que Civil War fosse um evento de magnitudes que incluíria personagens secundários e esquecidos no front das batalhas que surgiriam.
Porém um evento deste tamanho não poderia ser apresentado sem um prelúdio e New Avengers: Illuminati serviria, para mostrar uma organização com os representantes mais importantes dos grupos de super-heróicos da Terra, aqueles que deveriam servir de suas habilidades para prevenir diferentes ataques.
Neste número especial podemos ver como esta organização se formava após a Guerra Kree-Skrull e vemos o Homem de Ferro já revendo uma situação de controle mundial sobre os homens e mulheres que não respondem a ninguém e cuja diferença para um supervilão não é mais que sua suposta moralidade. Com essa premissa e vendo como o Homem de Ferro tem previsto e estudado este cenário, alguns membros dos Illuminati preferem não tomar parte deste assunto, enquanto outros parecem seduzidos na ideia de prever esta situação com uma organização sólida da sociedade super-heróica. Brian Michael Bendis e Alex Maleev a frente do especial que vemos o princípio da formação da lei de registro.
O evento Civil War é uma luta entre irmãos de batalha que conta com um elenco surpreendente, inclusive com cenas que ainda deixam perplexos apesar de ter passado dez anos. Uma lei que foi promulgada por um governo que busca a proteção do povo após o terrível acidente e que divide a comunidade super-heróica entre aqueles que creem na lei e tem que ser respeitada e aqueles que entendem que os direitos civis estão sendo esquecidos. Resumindo como uma obra que se centra na máxima do herói em revelar sua identidade ou não perante um responsável do governo, Civil War esconde em suas páginas muitas mais referências e tramas que um leitor detalhista saberá encontrar e desfrutar.
Panini faz um bom trabalho reeditando neste formato, em capa dura, a saga original, mas ficamos aguardando uma edição, com o prelúdio desta saga, ao qual tratamos neste artigo. Sobretudo o título reúne a saga original para aqueles que irão assistir e discutirão sobre o filme Capitán América: Civil War durante este mês de maio. Vale a pena conferir!
Já nos cinemas…