Hoje, três dos autores do cenário nacional Crônicas da Sétima Lua anunciaram o seu desligamento do projeto. Segue o texto da carta.
Olá amigos,
O Crônicas da Sétima Lua foi um projeto interessante e trabalhoso, mas em decorrência de incompatibilidades de idéias e dificuldades de comunicação, não tivemos outra escolha senão abandonarmos o desenvolvimento da linha. Sob diversos aspectos infelizmente o Crônicas também não viveu à altura das expectativas criadas, o que é uma pena tendo em vista a quantidade de energia e dedicação que investimos em sua criação.
Agradecemos a todos que leram o livro e escolheram Isaldar para viverem suas aventuras, e desejamos sorte e sucesso a Editora Conclave na continuidade da linha.
Rafael Rocha
Richard Garrell
Tiago Marinho
Dificuldades de comunicação? O que será que isso quer dizer? Veremos o comentário do Rafael Rocha sobre esse acontecimento:
Então daqui para frente não respondemos mais sobre o cenário. Alguns comentários pessoais sobre os 3 anos de C7L: Foi um projeto interessante, mas que sofreu muito com as mudanças em relação a sua proposta inicial de ser um cenário oficial da Dragão Brasil. A estrutura de trabalho da linha também seguiu rumos diversos do originalmente planejado, com uma postura hierárquica e polarizada, que com o argumento de um ideal estranho de profissionalismo, ocultou uma indisponibilidade para a colaboração, discussão de idéias e no fim, impediu todo e qualquer debate que não fosse do interesse do editor (embora não escritor) do cenário. E eu nem posso dizer que não fui avisado, já que quando o Giltônio recusou o convite em 2005 ele previu algo muito semelhante com o que realmente aconteceu…
De qualquer forma, desejo a editora Conclave sucesso com a linha, acho que fizemos um trabalho legal e diferente no módulo básico, e ficaria bem feliz de ver isso continuado. Agora é seguir em frente, porque diferente do Garrell que deu um tempo na aventura de escrever RPG, eu e o Tiago temos muito trabalho para fazer!
O negrito é de minha autoria. Logo se vê que o problema, na verdade, é o editor cabeça dura do projeto, Marcelo Telles. O que é uma pena, Crônicas era um cenário bacana e os seus autores tem muito potencial, que felizmente não vai ser desperdiçado pela Secular Games e pela Jambô Editora.
hummm curioso demais saber disso. Acho que o RPG nacional precisa de mais uniapo e comprometimento, coisa mais do que comum no Tagmar 2.
Escória maldita que domina o cenário RPGístico nacional…
É uma pena, nunca li nada a respeito de C7l, mas acredito que deve ter contribuído ao hobby de alguma forma.
Cara pálida, ninguém é obrigado a escrever livro nenhum sob condições que não concorda. “União e comprometimento” nunca podem ser condições pra atrelar escritores a projetos dos quais eles não querem participar. Tente se informar sobre as condições em que se escreve RPG no Brasil antes de falar que o que faltou foi união ou comprometimento em qualquer projeto que naufragou.
O Tagmar 2 é um projeto excelente, mas ele é composto por voluntários que trabalham em um regime de voluntariado. C7L, até onde eu sei era um projeto de produzir uma linha de produtos, com uma lógica de trabalho bem diferente.
Acho bom que exista essa decisão de não se submeter ao um trabalho em condições que lhe desagrade, assim esses autores deixam de fazer algo grande e meia boca, pra fazer diversos pequenos e bem feitos.
Quem sabe descentralizando, e insistindo muito, não surja um cenário/sistema que dê certo, tanto na qualidade, quanto no gosto brasileiro.
A criatividade vem, antes de tudo, de um ambiente propício a ela. Nenhum trabalho bom sai de uma situação desfavorável aos autores.
gostaria de ler uma resposta ou comentário á esta carta de desligamento (se houver) por parte do Telles para conhecer o outro lado da moeda.
Abraço! Keep posting!
Estranho, eu achava que o Marcelo que escrevia…
Até onde eu sei o cenario estava indo bem… vamos ver agora…
Isso só vêm a acrescentar mais ainda a fama que o Marcelo Telles tem de ser um sujeito “difícil “.
Lamento pelos fãs do cenário.
O Marcelo não escreveu uma única linha do Crônicas, inclusive, a idéia original do cenário que ele apresentou para os autores é pra lá de trash. Pena que eu não consigo colocar o link aqui sem ser pego pelo filtro de spam 🙁
Dá uma olhada no meu blog pessoal, o http://www.dot20.com.br, que lá tem o link.
Chamar o Marcelo Telles de “Escória Maldita” é fácil. Difícil é fazer tudo o que ele fez (e faz) pelo hobby. Podem discordar dele, métodos, temperamento, etc. mas respeitem o cara. É o mínimo, né?
Não vi ninguém chamando o Telles de “escória maldita”, Eduardo. E sim, ele fez muito, para o bem e para o mal, pelo hobby. O que acontece é que na opinião de muita gente, inclusive uma penca de gente que trabalhou com ele, as más coisas superam de longe as boas.
Vamos falar de fatos? A Dragão Brasil caiu por causa dele. Não adianta chorar. A culpa não é de Guarapari. Ou da “crise” que esgota títulos de Tormenta. A culpa não é do Trio. A culpa é dele. Ponto. A Rede RPG tá em decadência. E a culpa é de quem? Dele. Ele espantou a maioria dos colaboradores. Só ele. Crônicas perdeu 3/4 dos seus autores por culpa dele. Exclusivamente dele.
O que a gente tira disso é que ele é incompetente como administrador e editor, uma condição que contrasta com o seu ego inchado. Sem falar que a maneira pedinte como ele toca seus negócios é completamente irritante: “Por favor, deixem de ir ao cinema e a restaurantes e comprem nossos produtos ruins!”
O ponto é: ele é um amador que só chegou onde chegou por estar no ombro de gigantes, agora que a maior parte destes gigantes foi embora, a casa tá caindo.