Como alguns sabem, o Dungeons & Dragons quarta edição está para sair. E a Wizards of the Coast já avisou que não haverá licença aberta para o seu sistema. Como dificilmente a empresa continuará publicando o 3.5, o futuro do sistema d20 parecia fadado ao desaparecimento. Afinal, não haveria mais um livro com suas regras oficiais, e o mesmo não ganharia mais um suporte operacional de seus criadores.
Eis que no entanto, uma nova esperança para aqueles fãs do sistema antigo (é estranho se referir a terceira edição como antigo, me parece que foi ontem que a mesma foi lançada, eu mesmo, só me convenci ano passado, comprando a caixa com três livros na Amazon por cinqüenta dólares), ela se chama Pathfinder, o novo RPG da Paizo. Para quem não conhece a empresa, a mesma foi responsável pela publicação das mais elogiadas aventuras da última edição do D&D, assim como das revistas Dragon e Dungeon, as mais importantes do cenário rpgístico internacional. A editora resolveu comprar a idéia e irá aperfeiçoar o sistema 3.5 e lança-lo em um grande livro básico vinculado ao seu mundo, Varisia, que não possui nenhuma característica muito diferente dos demais mundos de fantasia medieval. O livro conterá todas as regras básicas e se propõe a ser a nova base dos diversos livros menores que foram lançados para o sistema do D&D 3.5 (que está sendo carinhosamente chamado de 3.75 pela net).
Bem, essa empreitada já chamaria a atenção por conter em seus esforços membros de uma editora que já se provou extremamente competente nesse assunto. No entanto, essa semana, Monte Cook, o próprio homem que teria desenvolvido o sistema, confirmou sua participação no desenvolvimento de Pathfinder. Algo que surpreendeu a todos, já que o autor havia se aposentado do mundo do RPG.
Monte Cook garante que atuará apenas como consultor de regras e como um narrador teste para o novo sistema, e parece bastante empolgado com a iniciativa, até mesmo por ser um dos grandes nomes por trás da idéia de jogos com licença aberta.
Nos fóruns de rpg pela net, o grande grupo de vozes contra a nova edição acaba de ganhar mais força com este novo livro de regras, e a WoTC sofre a perda de um de seus autores de maior renome para o “outro lado”. Veremos como ambos se sairão quando os mesmos forem lançados.
Vale lembrar a todos que uma versão alpha do novo RPG se encontra disponível de graça nesse endereço.
Em breve D&D Raiz de 3,14……….
sem comentários….
Cara de elefante branco se o cenário relamente não trouxer nenhuma inovação, tipo mulheres lagarto com seios não acho que va vender.
Esse sabado participarei do “playtest” do D4 num certo evento aqui no RJ, veremos o que nos aguarda.
Isso não dará certo. Não tive a mesma oportunidade que o Bruno de jogar o D&D4 (que não está sendo um playtest, Bruno, já que o jogo já foi oficialmente lançado), mas pelo que eu pude observar o jogo está muito bem estruturado e muito dificilmente será ignorado pelo mercado.
A amazon já está fazendo ofertas sensacionais de sets dos livros básicos. E brevemente a devir irá terminar a tradução. E com a quantidade de suplementos que vi na Amazon também… Acho que lá fora já é sucesso!
Grande abraço e belas matérias aqui do site!
Mais ou menos, como o artigo do marcos aponta, existe uma grande controvérsia em cima do d&d 4, muitos, muitos mesmo estão odiando o que fizeram.
Só pela diminuição/fusão das Skills, D&D 4.0 deve ser melhor, geral reclama a toa.
eu em particular já achava a 3.5 muito ruim. Acho que existem opções melhores de fantasia medieval no mercado, como Exalted, Ars Magica e diversos outros.
Respondendo ao Tiago; é possível sim. O D&D4 está sendo razoavelmente bem aceito, mas se ele estivesse de fato mantendo uma dominação completa do mercado nós nem veríamos a Pathfinder, que na sua primeira versão de playtest teve 10.000 downloads em 1 semana.
Quanto ao cenário não ter diferenciais… Ao se ler qualquer um dos materiais já desenvolvidos pela Pathfinder se percebe o caráter do cenário e a originalidade dos autores. Não é um mundo de navios voadores ou magos caducos com cachimbos épicos, mas é um cenário extremamente bem descrito apesar da pouca idade, graças ao método de escrever aventuras da Pathfinder.
O cenário vai vender bastante para a receita deles (que são uma empresa pequena com uma base de fãs extremamente leais), principalmente considerando o time de criação sendo convocado pro cenário, que inclui Ed Greendwood e Keith Baker (criadores de FR e Eberron, respectivamente).