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Uma esperança para miniaturas no Brasil

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Norson Botrel, da Daemon Editora, notíciou ontem através do site da editora que, ao descobrir que a Devir não trará as miniaturas do D&D para o Brasil, eles tomaram a decisão de voltar a imprimir os boosterspacks de RPGQuest. Para quem não sabe, estes boosterpacks eram conjuntos de miniaturas e terrenos feitos em papel cartão, ótimos para quebrar um galho para quem não quer ou não pode usar miniaturas de plástico ou chumbo. Eis a mensagem deixada por ele na íntegra:

Ficamos sabendo pelo POPDICES que A Devir NÃO dará suporte ao D&D Minis no Brasil por dois principais motivos:
– O primeiro deles é o imposto de importação. Falem o que quiserem queridos Nerds D&D Minis é sim um simples brinquedo e brinquedo paga imposto à pampa!
– O Segundo é que por ser brinquedo, a DEVIR deveria fazer a importação de um lote completo e enviar cada peça (um exemplar de cada miniatura diferente) para a avaliação do Imetro. Afinal brinquedo no Brasil tem de ter selinho do Imetro!

Com a total falta de miniaturas e as poucas que sobreviverem com os preços nas alturas, a Daemon Editora decidiu hoje retomar a linha de Boosterpacks do RPGQuest. Em breve daremos mais notícias.
Por enquanto, coloquem nos comentários os monstros/classes/raças que vocês desejam ver impressos nos próximos boosterpacks.

Agora é esperar para ver.

Para quem quiser opinar: corra no post original e dê o seu pitaco logo!

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6 Comentários

  • Não dava pra fabricar isso no Brasil não? Afinal, são miniaturas de plástico, não é exatamente um item de alta tecnologia além da capacidade da indústria brasileira. Acredito que a Estrela, a Grow e outras empresas de brinquedos disponham dos recursos de fabricação.

    • Sim, acho que até dispõe do recurso. Mas é de interesse deles produzir tais produtos? Pense bem. Para que investir em um mercado tão específico que é o consumidor de RPG… É inviável economicamente… Infelizmente. =/

  • André/Rafael

    Estudamos a viabilidade muitos anos atrás, quando começou o projeto RPGQuest, mas miniaturas de plástico são totalmente inviáveis para o mercado brasileiro. Os custos de esculpir uma miniatura são absurdos, somados ao molde para injeção de plástico… mesmo a Grow e a Estrela nunca fizeram miniaturas, eles apenas pegaram minis que já estavam prontas e manufaturaram.

    E mesmo para apenas comprar licensas sairia caro, pois um molde de injeção de plástico custa entre 5.000 e 6.000 reais, e poderia conter no máximo 12 minis, que seriam feitas em plástico e ainda teriam de ser pintadas (e, ao contrário da Hasbro, não dispomos de crianças chinesas). As D&D Minis e as Warhammer minis podem ser feitas pq são fabricadas na casa dos gazilhões de miniaturas por molde. Aqui no Brasil teríamos mercado para alguns milhares de minis (menos de uma tonelada de plástico, o que pelos moldes gringos é ridículo).

    Supondo 1.000,00 como preço de escultura de uma mini, o que já seria um preço baixo, um “12 pack” sairia, para começar a brincadeira, uns 25.000,00 para fazer 10k de cada mini (molda+esculturas+plastico). Isso FORA a pintura, que já é outra história e tem de ser feita individualmente, e impostos, etc etc etc

    Resultado: cada mini pintada ia sair de preço DE CUSTO uns 4,00-5,00. Obviamente, nesse preço, não ia vender nem por milagre 10.000 unidades, já que o preço final de venda ao consumidor seria em torno de 10,00 por mini de plástico. (ou 120,00 nosso 12pack).

    Quando se olha uma mini pronta, é fácil falar “po… mas é só um treco de plastiquinho”, mas os custos embutidos na fabricação são infernais.

    Abraçao

  • ah… sempre achamos aqueles bonequinhos de caubois e indios por ae. ou mesmo os famosos “army men”.
    jah tava de bom tamanha uns de tematica medievais no mesmo material.

  • É nesses pequenos momentos que descobrimos como o nosso país é atrasado.Imagine que miniaturas (tanto de personagens quanto veiculos e aviões) movimentam bilhões de dólares em dezenas de países, inclusive Portugal e Espanha. Nesses países o interesses por soldadinhos de chumbo ainda permanece, e nada melhor do que um pai ensinar fatos historicos a um filho montando juntamente um avião ou navio antigo, em horas de lazer familiar que não existem mais.Já no Brasil, onde mesmo armas de brinquedo são proibidas, as pessoas são obrigadas a se interessar somente pelo que a mídia manda (futebol,voley, cerveja e mulher)e as coisas realmente importantes, culturais e artísticas, vão ficando esquecidas a cada ano.Pelo menos os RPG mostram que ainda há interesse em miniaturas.

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